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Rizicultura: Área menor, produtividade maior

Na safra 1977/78 o MT plantou 780 mil ha, obteve uma produção de 976,5 t


Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que nas três últimas décadas a área destinada ao plantio de arroz, em Mato Grosso, teve redução significativa. Porém a produtividade da cultura quase triplicou. Na safra 1977/78 o Estado plantou 780 mil hectares (ha) de arroz, obteve produtividade de 1.251 quilos/ha e uma produção de 976,5 toneladas. No início dos anos 2000, Mato Grosso já tinha diminuído a área plantada em mais de 300 mil hectares, mantendo uma produção média de 1,2 mil toneladas por safra.


De acordo com o técnico em Pesquisa Agropecuária do IBGE, em Mato Grosso, Pedro Spoladore Reis, a redução no volume de hectares cultivados com o grão no Estado está ligada à questão ambiental. “A área cultivada com arroz começa a ter queda significativa principalmente a partir de 2006, quando a fiscalização se intensifica e passa a existir um controle maior em áreas de abertura. No início da cultura no Estado tínhamos em torno de 1 milhão de hectares cultivados, atualmente este número não chega a 140 mil e a tendência é de que continue a diminuir”, afirmou.

O aumento da produtividade se justifica por meio do uso da tecnologia aplicada no cultivo do grão e o surgimento de novas sementes no mercado. “Temos mais produtividade porque o agricultor tem investido mais em adubação e tem a sua disposição sementes de qualidade superior”, informou Reis.


Responsável por 80% do mercado estadual, a variedade de arroz AN Cambará, desenvolvido pela Agro Norte Sementes e Pesquisa, entra neste cenário em 2007. “O Cambará mudou até a forma de comercializar o arroz. Antes da variedade, quando se falava em preço do grão nos referíamos a um arroz de 50% a 52% de inteiros, agora quando falamos em preço nos referimos a um grão com 58% de inteiros. O agricultor ainda pode colher uma lavoura com uma umidade de 17% a 18%, que se estiver dentro da maturação fisiológica e com ciclo normal, terá alta porcentagem de inteiros, isso, ainda gastando menos com frete e facilitando a colheita”, explicou o engenheiro agrônomo e gerente comercial da Agro Norte, Mairson Santana.

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