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RS: Emater: uma aliada do produtor rural

Entregas do PAA beneficiaram 600 famílias e três entidades


Foto: Divulgação

Defesa e garantia de direitos, inclusão social e produtiva, ações socioambientais e melhorias das condições de trabalho são os principais eixos institucionais que nortearam a política de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) do escritório local da Emater/RS- Ascar em 2020. Na última semana de dezembro, o chefe do escritório Vicente Fin apresentou o relatório anual de atividades executadas para o então prefeito de Venâncio Aires, Giovane Wickert.

Segundo Fin, em 2020 foram atendidas 2.311 pessoas de um total de 1.809 famílias, distribuídas em 82 localidades do interior de Venâncio Aires. Conforme dados do relatório, as principais eixos trabalhados foram elencados através de diagnóstico e informações geradas em reuniões no Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (Comder) e aplicação de políticas públicas da União, Estado e Município.

Dentre os produtores atendidos pela Emater está Márcia Maria Baierle, 43 anos, moradora de Linha Hansel. A produtora de morangos e hortaliças teve o apoio da instituição para buscar a diversificação na propriedade. “Já são oito anos que tenho a Emater como uma aliada”, enaltece.

Márcia iniciou com o cultivo de morangos no chão e hoje já se encaminha para a quarta safra com os morangos cultivados em estufas plásticas. “A Emater fez eu abrir os olhos e deu oportunidades. Participei de cursos, treinamentos e assim a gente vai aprendendo ideias diferentes e consegue ir aplicando na propriedade. A gente estava acostumado a plantar no sistema caseiro, e com a assistência percebemos que existem outras alternativas mais simples e lucrativas”, frisa a agricultora.

O morango surgiu como uma alternativa, afinal, com alguns problemas de saúde e a vontade de ter uma renda extra Márcia deixou de se dedicar exclusivamente ao tabaco e apostou na horta. “Queria algo que eu pudesse cuidar, ter uma renda extra e qualidade de vida. Quando decidi diversificar, fui lá na Emater e me informei, pedi uma orientação técnica sobre o que cultivar e deu certo”, salienta Márcia.

Nesta época, ela colhe cerca de 50 quilos de morango por semana, com aproximadamente três mil pés. A meta é ampliar a produção e para isso a agricultora já está buscando informações com a entidade e outros produtores do município.

A Emater planejou ações para ampliação de famílias interessadas no cultivo do morango junto às propriedades, para que além de ter o alimento disponível às famílias, houvesse a venda para a geração de renda, além da possibilidade de turismo associado à atividade. Dentre as metas, a entidade buscou tornar os agricultores familiares menos dependentes do tabaco e da concentração da renda ligada à figura masculina dentro das propriedades rurais, promovendo o empoderamento de jovens e mulheres na produção de alimentos e na geração de renda, no uso de tecnologias para produção de alimentos com baixo uso ou sem o uso de agrotóxicos e para suprir melhorias nas condições de trabalho com o uso de estufas plásticas e irrigação.

De acordo com dados fornecidos no relatório, para obter a ampliação e entrada de novos produtores na atividade do morango “foram desenvolvidas ações de Aters por meio de visitas, reuniões e consultas técnicas e elaboração de projetos de crédito.” Conforme o relatório, são sete produtores na produção convencional do morango e 28 na produção com base ecológica – num total de 35 produtores para uma área de 0,80 hectares. Além disso, 37 produtores, em uma área de 1,09 hectares, melhoraram a produção e condições de trabalho, bem como a redução do uso de agrotóxicos com a implantação de estufas plásticas, totalizando uma produção de 56 toneladas de morango em 2020.

Ações socioambientais e de inclusão social ganham destaque na área rural

Além das ações com o cultivo do morango, foram realizadas atividades socioambientais como a continuidade nos trabalhos do Comitê de Proteção das Vertentes do Castelhano de Aters da Emater/RS – Ascar. Em conjunto com o Executivo e demais entidades, a Emater atuou na linha de frente nos trabalhos de melhoria na proteção de fontes, recuperação de mata ciliar e a viabilização de poços artesianos.

Em 2020 foram concluídas sete fontes protegidas, locados 14 reservatórios, um poço artesiano, 16 redes de água, quatro análises de água, atendendo no total 71 famílias. Foram recuperados 1,5 hectares de mata ciliar com esse cercamento. Além disso, outras 75 novas fontes foram inscritas no programa.

Outro projeto executado pela Emater e divulgado no relatório foram as ações com a segurança e soberania alimentar, com foco no abastecimento local e regional via programas institucionais como Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A Emater acompanhou a Cooperativa dos Produtores Rurais (Cooprova) com 231 sócios com ações de Aters para 79 famílias fornecedoras do PAA e 42 do PNAE (mesmo prejudicada pela pandemia), execução de cinco projetos do PAA, que atendem três entidades locais (Assistência Social para 600 beneficiários) e regionais e escolas municipais e estaduais (curto período), além de 18 famílias na Feira Cooprova/ 253 feiras. Em 2020 foram comercializadas 550 toneladas de alimentos gerando R$ 955 mil às famílias.

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