RS: produtor de Picada café investe em silo secador e já armazena primeira safra do grão

A partir de setembro inicia o plantio de mais uma safra de milho e é preciso avaliar as alternativas para melhorar a rentabilidade da atividade, pois apesar de o produto ter alcançado valores recordes para venda na última safra, também houve grande elevação nos custos de produção. "Uma dessas alternativas diz respeito à forma como o grão é tratado após a colheita, ou seja, como o secamos e o armazenamos", diz o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Picada Café, Rafael Hoss.

Para isso os produtores podem contar com o auxílio da Emater/RS-Ascar na elaboração de projetos técnicos de silos secadores de grãos adaptados às suas necessidades e no acesso à linha de crédito para a construção (com juros de 3% ao ano no Pronaf e prazo de 10 anos para o pagamento), bem como no manejo do grão. "O silo secador é uma solução simples e de baixo custo para as propriedades familiares. É uma tecnologia limpa, que seca diversos tipos de grãos com baixa temperatura (ar natural) e proporciona aeração durante o armazenamento (com resfriamento), mantendo a qualidade do produto. É também um sistema ideal para secar e armazenar sementes, mantendo sua integridade e vigor", explica Hoss.

Segundo ele, no município de Picada Café tem aumentado a procura de produtores interessados na instalação deste tipo de silo, que resolve tanto o problema da secagem como também o da armazenagem dos grãos produzidos na propriedade. "Ele reduz as perdas qualitativas e quantitativas dos grãos, assim como os custos de secagem, armazenagem e controle de pragas e de frete externo, e proporciona autonomia nos negócios (mantendo os grãos na propriedade até o melhor momento para a comercialização), entre outras vantagens", afirma o agrônomo.

O produtor Lucas Federhen, da localidade de Joaneta, cultiva o milho para produção de ração para o gado leiteiro e também para venda. Ele concluiu no mês de junho a instalação de um silo secador com capacidade para 560 sacos, um investimento de aproximadamente R$ 15.500,00. O agricultor espera recuperar o investimento em menos de cinco anos, apenas considerando o custo da secagem que teria com terceiros, que atualmente está em torno de R$ 5,00/sc.