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Rússia: uma realidade diferente

O povo daquela região tinha outros costumes e outra visão de governo e de sociedade, e somente após a abertura, isto é, a extinção da União Soviética é que sentiram que existem outros sistemas de governo e de sobrevivência da população


Ainda abordando a viagem empreendida há uma semana á Rússia, a convite do Ministerio da Agricultura brasileiro, gostaríamos de destacar algumas curiosidades constatadas naquele país, para repartimos os conhecimentos com o nosso público ouvinte e leitor, especialmente aos cooperativistas aos quais estamos ligados. Não é novidade que a Rússia advém da extinção da União Soviética, um conglomerado de repúblicas daquela região que eram controladas pelo regime comunista e como tal, de controle totalitário e por muitos anos fechado ao resto do mundo.
O povo daquela região tinha outros costumes e outra visão de governo e de sociedade, e somente após a abertura, isto é, a extinção da União Soviética é que sentiram que existem outros sistemas de governo e de sobrevivência da população. Talvez por esta razão os russos pareçam ser desconfiados, bravos e carrancudos, porém, quem convive com eles garante que após obter confiança nas pessoas, são extremamente dóceis e hospitaleiros. A curiosidade verificada por quem costuma viajar pelos quatro cantos do mundo, é de que na Rússia, não é comum a população falar ou entender o idioma dominante do mundo, especialmente na Europa, o inglês.
 
Em qualquer outra parte, além do idioma do país, quase sempre as pessoas, principalmente aquelas que lidam com atividades que envolvem turistas, também falam o inglês. As placas de sinalização, os instrumentos de informação em lojas, restaurantes, ruas, metrôs etc., sempre vêm acompanhados da opção do inglês para que os estrangeiros possam identificar pelo menos o básico do que estão vendo e vivendo. Na Rússia, essa alternativa é rara. Em muito poucos locais se encontra alguém que fale inglês ou orientações escritas com essa língua. É uma curiosidade que somente quem vai lá, identifica. Por outro lado precisa ser destacada a atuação da equipe da Embaixada Brasileira em Moscou. É composta de pessoas educadas, profissionais, sempre dispostos a ajudar a supe rar as barreiras da comunicação da língua difícil e de costumes diferentes dos russos.
 
As pessoas da Embaixada, a partir do Embaixador Carlos da Rocha Paranhos, merecem todas as referências positivas. Entretanto, cabe um reparo quanto à estrutura física da Embaixada, o cartão de visita do país no exterior. Não foi difícil verificar que falta reconhecimento do Governo Brasileiro, da importância que a Embaixada representa para brasileiros que se deslocam à Rússia e que muitas vezes se encontram com autoridades e empresários do país naquele local. Muito precárias as instalações, e embora sem reclamações explícitas dos seus integrantes, é notório que falta condições de trabalho aos brasileiros que lá representam o Brasil.
 
Em que pese não dispormos do conhecimento interno de outras Embaixadas brasileiras no exterior para fazer comparações, pelas aparências, em outros países, certamente a estrutura deve ser melhor. Portanto, cabe aos políticos e governantes do nosso país reavaliar as estruturas internacionais que mantém, haja vista que a presença de brasileiros no exterior é freqüente e com certeza não concordam com a imagem que se apresenta, com aparência física depreciativa do nosso país, como no caso identificado na Rússia. Especialmente se compararmos com muitas instalações que órgãos públicos mantêm aqui no Brasil e em Brasília. Pense nisso.

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