Safra ajustada sustenta preços do trigo no Sul
No Paraná, o mercado está travado pela proximidade do recesso das indústrias
No Paraná, o mercado está travado pela proximidade do recesso das indústrias - Foto: Canva
A oferta de trigo no Sul do país segue ajustada, enquanto preços e ritmo de negócios refletem a combinação entre avanço da colheita, qualidade variável e demanda industrial estável. Segundo a TF Agroeconômica, o Rio Grande do Sul ainda teria cerca de 1,3 milhão de toneladas disponíveis, volume considerado reduzido para esta etapa da safra.
Os preços no estado permanecem entre R$ 1.080 e R$ 1.150 nos moinhos locais, chegando a R$ 1.160 para dezembro e R$ 1.180 para janeiro no porto, enquanto o trigo de ração varia de R$ 1.110 a R$ 1.115. As vendas diárias de produtores e armazenadores totalizam cerca de 1,2 milhão de toneladas, o equivalente a pouco mais de um terço da produção estimada. Nas exportações, das mais de 700 mil toneladas comprometidas, quase toda a parcela nomeada já foi embarcada. O preço ao produtor caiu para R$ 54 em Panambi.
Em Santa Catarina, a colheita avança com clima favorável e relatos de produtividade menor, porém com PH elevado e boa qualidade. Os preços seguem abaixo do que os agricultores consideram necessário. As indicações variam de R$ 1.100 a R$ 1.150, enquanto vendedores buscam R$ 1.200. No mercado interno, os valores pagos aos triticultores recuaram ou se mantiveram estáveis conforme a praça, com referências entre R$ 60,33 e R$ 64 por saca.
No Paraná, o mercado está travado pela proximidade do recesso das indústrias. As ofertas variam conforme prazo de entrega e pagamento, ficando entre R$ 1.170 e R$ 1.280 nos moinhos. A qualidade irregular do trigo gaúcho limita a entrada no estado. No front externo, o trigo argentino ganhou competitividade com a queda do dólar, com cotações entre US$ 240 e US$ 260 nos portos.