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Safra de arroz deve somar 11,6 milhões de toneladas

Segundo a Conab a produtividade nacional deve ficar em 6.905kg/ha


Foto: Pixabay

A safra de arroz 2020/21 deverá ser 4% maior e somar 11,63 milhões de toneladas, em uma área de 1.684 mil hectares, incremento de 1,1% em relação à safra anterior. A produtividade média nacional está em 6.905kg/ha, um avanço de 2,9%. Os dados foram contabilizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A colheita começou em março e está praticamente concluída nos Estados produtores. Nesta safra os altos preços do grão motivaram os produtores a investirem na cultura

Para o longo de 2021 a perspectiva é de recomposição dos estoques de passagem, como resultado da projeção de retração do consumo em razão das estimativas de recuperação econômica. Sobre a balança comercial, a projeção de preços elevados, somada à estimativa de fortalecimento da moeda nacional, reduzirá o ritmo de exportações identificado na safra 2019/20 e a projeção é que o país venda 1,3 milhão de toneladas na safra 2020/21. Assim, a expectativa é que o período encerre com um ameno superavit de 200 mil toneladas na balança comercial do grão, com importações de 1,1 milhão de tonelada para o mesmo período. 

Por regiões

Na Região Norte, a previsão é de incremento na área plantada em 2,0% em comparação à safra anterior, podendo aumentar a produção que, atualmente, está estimada em 1.054,3 mil toneladas (aumento de 6,3% em comparação à safra passada). Com isso, a região deverá se configurar como a segunda maior produtora nacional de arroz, tendo como maior destaque a produção de Tocantins.  

No Estado o arroz irrigado, de primeira safra, teve médias de produtividade oscilando entre 90 e 120 sacas/ha. Houve uma variação de produtividade em torno de 5,7% em comparação à safra passada, 2019/20. Para o alcance dessa variação, o produtor investiu em adubação, utilização de novas variedades e melhoria no manejo da cultura, tudo isso atrelado às boas condições climáticas, que contribuíram para o bom desenvolvimento da cultura. 

O destaque negativo fica no Mato Grosso. Na primeira safra, especialmente em fevereiro e março, somado aos manejos impróprios para um pacote de alta tecnologia, culminou na ocorrência de elevado percentual de grãos avariados e de número de inteiros fora dos padrões, em comparação às últimas safras. Ainda assim, a produtividade média obtida não observou queda, se limitando os problemas aos parâmetros qualitativos, obtendo-se 3.476 kg/ ha, sendo o resultado inclusive levemente superior ao registrado na última safra, muito por conta das inversões financeiras crescentes aplicadas à cultura. Sendo a área semeada de 114 mil hectares, a produção colhida foi de 396,3 mil toneladas, e a entrada de oferta tem pressionado as cotações, na região de Sorriso e Sinop. 

No Rio Grande do Sul, principal produtor, a colheita do arroz está encerrada. As condições climáticas foram ideais para as operações, já que o volume de chuva, embora tenha sido próximo da normalidade, ficou concentrado em poucos episódios de grande intensidade. Com isso, a produtividade média foi mantida igual ao levantamento anterior, configurando essa como a safra com maior produtividade já registrada. Isso se deve a alguns fatores como: boas condições de temperatura e luminosidade durante o ciclo da cultura, rotação com soja, semeadura no período recomendado, eliminação de áreas marginais ou muito infestadas por invasoras, além da constante evolução dos produtores quanto a manejo e tecnologias.
 

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