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Safra de grãos no RS tem recuo de 27,1%

Maior queda é verificada nas lavouras de soja


A seca no Rio Grande do Sul foi determinante para a queda da produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de 1,7% na safra brasileira de grãos em 2011/2012, totalizando 160,06 milhões de toneladas. Segundo o levantamento, o Rio Grande do Sul vai colher no período 21,02 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 27,1% em relação aos 28,82 milhões de toneladas do ciclo anterior. Em função da estiagem, a maior queda é verificada nas lavouras de soja, cujo volume de produção diminuiu 43,8% em relação à safra 2010/2011, saindo de 11,62 milhões de toneladas para 6,5 milhões de toneladas. O milho produzido no Estado também apresentou quebra significativa, de 39,8%, passando de 5,77 milhões de toneladas para 3,47 milhões de toneladas.


A Conab confirma que as condições climáticas desfavoráveis, principalmente no período entre 15 de novembro de 2011 e 15 de janeiro deste ano, contribuíram para os números negativos da produção gaúcha. Além de afetar grande parte da região Sul, a estiagem produziu perdas também no Sudeste, além do sudoeste de Mato Grosso do Sul.

Apesar da produção menor no País, a estimativa de área plantada com grãos no Brasil na safra 2011/2012 é de 51,68 milhões de hectares, 3,6%, ou 1,81 milhão de hectares maior do que a cultivada na safra anterior, de 49,87 milhões de hectares. No cenário nacional, as culturas que cresceram em área foram as de milho e soja. Arroz e feijão sofreram redução. Em relação ao feijão, a queda se deve a problemas de comercialização, à estiagem no Nordeste e a preços baixos.


Somente no Rio Grande do Sul, a cultura apresentou recuo de 31,1% na primeira safra e de 1% no segundo cultivo, totalizando uma colheita de 3,13 milhões de toneladas. No caso do arroz, a redução ocorreu por falta de água nos reservatórios, aumento do custo de produção e também preço pouco atrativo aos produtores. Os gaúchos, responsáveis por 65,6% do volume total produzido no Brasil, devem colher 7,73 milhões de toneladas do cereal, 13,1% a menos do que no ano passado.

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