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Safra de soja começa com dificuldades por falta de chuva

Expectativa é que as chuvas normalizem e o impacto seja minimizado


Foto: Showtec

A irregularidade das chuvas no mês de outubro comprometeu o início da safra 2025/26 de soja em Mato Grosso. De acordo com o boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), indicam que os volumes de precipitação oscilaram entre 75 e 95 milímetros em grande parte do estado. A distribuição desuniforme, combinada com temperaturas elevadas, gerou estresse hídrico em áreas cultivadas, especialmente nas fases iniciais da cultura.

Segundo o boletim, técnicos de campo do Imea reportaram falhas pontuais de estande em alguns talhões, situação que já levou à ressemeadura localizada. O instituto destaca que a continuidade do déficit hídrico poderá ampliar o número de áreas afetadas, o que comprometeria o calendário ideal de plantio e a produtividade das lavouras.

Para os próximos sete dias, a previsão do NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA) indica acumulados entre 35 e 45 mm em boa parte do estado. Embora abaixo do ideal para normalizar a umidade do solo, essas chuvas podem aliviar temporariamente o estresse das plantas e frear a necessidade de replantio em áreas mais sensíveis.

O Imea também destaca que, para os médios e longos prazos, o modelo Ensemble Mean aponta uma tendência de normalização das chuvas. As previsões climáticas para novembro e dezembro indicam volumes próximos à média histórica, o que representa um sinal positivo para a recuperação das lavouras e o bom andamento do ciclo da soja.

Mesmo com esse cenário mais promissor, o instituto alerta para a importância de monitoramento constante das condições climáticas e do solo nas propriedades. A variabilidade climática segue como um dos principais desafios da produção agrícola em Mato Grosso, exigindo decisões técnicas ágeis por parte dos produtores.

A expectativa é de que, caso o volume de chuvas se normalize nas próximas semanas, o impacto sobre a produtividade da soja seja minimizado. No entanto, o cenário atual reforça a necessidade de estratégias de manejo que aumentem a resiliência das lavouras às oscilações climáticas, sobretudo em regiões com histórico de estresse hídrico.

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