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Saiba como evitar problemas com enfezamento no milho

Os enfezamentos, vermelho e pálido, são causados pelos microorganismos chamados espiroplasmas e fitoplasmas


Foto: Leonardo Gottems

Os enfezamentos, vermelho e pálido, são causados pelos microorganismos chamados espiroplasmas e fitoplasmas, respectivamente, os quais pertencem à classe Mollicutes. São doenças sistêmicas que infectam os tecidos do floema das plantas de milho, interferem no crescimento e desenvolvimento das plantas, reduzem a absorção de nutrientes e afetam os processos de translocação de fotoassimilados, para o enchimento dos grãos e formação de espigas. 

Favorecem ainda a infecção das plantas por fungos que causam podridão de colmo e comprometem a produtividade da cultura. 

A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é considerada o principal vetor para a disseminação dessas doenças, assim, seu correto manejo da lavoura é fundamental para a mitigação dos danos causados pelos enfezamentos.

Veja as medidas preventivas para reduzir a ocorrência de enfezamentos na safrinha de milho 2020:

-Participar de reuniões técnicas para conhecer as questões fitossanitárias relacionadas à cultura do milho, bem como sobre a identificação da presença do inseto vetor (cigarrinhas), os sintomas das doenças nas plantas e sobre o manejo e as medidas preventivas para evitar a presença de cigarrinhas e pragas nas lavouras;

-Eliminar as tigueras/plantas invasoras de milho em outros cultivos, os quais permitem a sobrevivência e multiplicação da cigarrinha, Dalbulus maidis, e agem como fonte de inóculo para os enfezamentos (e outras doenças);

-Selecionar para o plantio, sementes de híbridos de milho com resistência aos enfezamentos, adaptados e recomendados para as épocas de plantio em cada região. Essa é a medida mais eficaz para manejo e convivência com o problema. Informações podem ser obtidas junto às empresas de produtoras de sementes e em publicações sobre o assunto;

-Evitar a semeadura de milho em datas variadas na mesma região, para evitar as ‘pontes verdes’. Atenção às áreas menores onde já existe histórico de ocorrência de cigarrinha e enfezamentos de forma a evitar que os plantios relizados fora de época proporcionem “ponte verde” no milho e, permitam que as populações de cigarrinha se concentrem nessas áreas;

-Monitorar a presença de cigarrinha nas lavouras em todas as safras e considerar o histórico de ocorrência de insetos;

-Ficar atento à presença de cigarrinhas nas fases iniciais da lavoura, quanto mais cedo a planta for infectada, maior é a capacidade de danos econômicos nas lavouras. Dessa forma, o tratamento de sementes pode ser uma medida inicial para o manejo do vetor e, por consequência, da doença.

Com informações da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar)

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