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Seca e calor comprometem soja no PR e MS

“Ainda não se pode falar em quebra de safra, mas já há perda de potencial", diz AgRural


Com 98% da área de 35,9 milhões de hectares destinada à soja na safra 2018/19 do Brasil já plantada, a apreensão agora é com o tempo seco e quente no Paraná e Mato Grosso do Sul. A Consultoria AgRural alerta que, além de o tempo seguir seco há duas semanas nesses dois estados, as temperaturas subiram acima do esperado.

“Ainda não se pode falar em quebra de safra, mas já há perda de potencial e as produtividades devem ficar abaixo da expectativa inicial dos produtores. As regiões que correm maior risco são o oeste do Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul”, aponta a AgRural.

“A boa notícia para os produtores é que as previsões de chuva, que não estavam muito animadoras, agora mostram volumes maiores para os dois estados na segunda quinzena de dezembro. Se essas chuvas vierem, as perdas serão menores do que se especula até o momento. Em contrapartida, se as precipitações não se confirmarem, a produtividade será mais severamente afetada. As temperaturas também merecem atenção, já que tendem a continuar altas, especialmente em Mato Grosso do Sul”, conclui. 

De acordo com os mapas climáticos analisados pela Consultoria AgResource, não houve nenhuma grande mudança do padrão oferecido para os próximos 15 dias, na América do Sul: “De maneira geral, chuvas intensas são projetadas para a região Sul do Brasil e Norte da Argentina, entre 14 e 19 de dezembro, com o Centro-Oeste e Nordeste brasileiro permanecendo sob céu limpo e temperaturas dentro da média”. 

“Entretanto, as leituras para a próxima semana já trazem um cenário de precipitações generalizadas, que voltam a regar Goiás, sul de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso com totais entre 20-40mm acumulados entre 19-24. Para o oeste da Bahia e o centro-sul do Tocantins as chuvas se projetam para retomar apenas durante a última semana do mês, entre o Natal e o Ano Novo. No entanto, os diferentes modelos estão em divergência, diminuindo a confiança nestas leituras”, concluem os analistas da ARC.

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