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Seca no Amazonas deve durar até novembro, diz pesquisador do Inpe

Imagens do satélite Landsat-5 mostram a diminuição dos leitos


A estiagem no Amazonas deve se prolongar até meados de novembro, quando a situação nos rios pode estar próxima ao da que ocorreu em 2005, ano de seca histórica no rio Negro.
 
A previsão é de Paulo Roberto Martini, da divisão de sensoriamento remoto do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Na quinta-feira (23), o instituto divulgou imagens de satélites que mostram o avanço acelerado da vazante (descida das águas) nos rios Negro e Solimões.

As imagens do satélite Landsat-5 mostram a diminuição dos leitos.

"Pelas imagens a vazante poderá não ser tão intensa quanto em 2005, mas já é possível perceber que a lâmina mínima de água estará ausente nos meses de outubro e de novembro", afirma Martini.

Este ano, segundo o Serviço Geológico do Brasil, o rio Solimões já atingiu a marca mais baixa em 30 anos de monitoramento. O rio Negro deve ter o ápice da vazante em outubro.

De acordo com estudo das imagens de satélites pelo Inpe, as áreas que serão mais afetadas pela vazante são as comunidades dos municípios de Manaquiri, Jatuarana, Manacapuru, Autazes, Careiro da Várzea, Caapiranga, no baixo Solimões.

Esses municípios não estão na lista dos 21 que decretaram situação de emergência no Estado.

Devido à estiagem na região, 33 mil famílias estão isoladas. O governo do Amazonas liberou R$ 4 milhões para ajuda humanitária. Serão distribuídos alimentos, remédios, kits de higiene pessoal e filtros de água portátil.

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