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Secretaria de Agricultura incinerará 420 toneladas de agroquímicos obsoletos em São Paulo

Mais de 420 toneladas de agroquímicos obsoletos guardados em propriedades rurais no território paulista serão incineradas


Mais de 420 toneladas de agroquímicos obsoletos guardados em propriedades rurais no território paulista serão incineradas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A parceria entre o Governo do Estado de São Paulo com o do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), estabelece que a Secretaria de Agricultura, por meio de sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), seria responsável pela fiscalização e incineração dos produtos e o Instituto pelo o acondicionamento e o transporte, e a Companhia Ambiental Do Estado De São Paulo (Cetesb), da Secretaria do Meio Ambiente pela emissão das licenças necessárias para o processo.

A CDA contratou, por meio de licitação, uma empresa especializada para fazer a queima dos produtos. Para obter a autorização, a empresa atualizou sua licença ambiental, junto à Cetesb para realizar a incineração desses os defensivos agrícolas, em especial os organoclorados usados na produção agropecuária, sendo que o mais conhecido, o Hexabenzeno de Cloro (BHC), que tem fabricação, comercialização e utilização proibidas por lei no País.

O InpEV fará a logística, retirando os produtos obsoletos de mais de 250 propriedades rurais e levando para a cidade de Mauá, na região Metropolitana de São Paulo, onde será feita a queima. “A nossa expectativa é finalizar a queima em três meses. Essa é uma ação estabelecida pelo governador Geraldo Alckmin para garantir a saudabilidade dos alimentos, evitando que esses resíduos cheguem à nossa produção e para preservar o meio ambiente, por se tratar de um composto químico nocivo à natureza”, comentou o secretário de Agricultura Arnaldo Jardim.

De acordo com o coordenador-adjunto da CDA, Mário Sérgio Tomazela, a Coordenadoria encaminhou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei com a regulamentação da fiscalização por parte da Defesa Agropecuária totalmente voltada à questão agrícola. “Além disso, preparamos o sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave) para fazer o controle dos agrotóxicos desde a indústria, passando pelo distribuidor, revenda, produtor até o retorno da embalagem nas Casas de Embalagens”, disse.

“Com a regulamentação do Gedave, poderemos fazer um monitoramento detalhado de cada grama de defensivos agrícolas vendido em território paulista impedindo o comércio e o uso de produtos ilegais, que podem causar danos ao meio ambiente e a quem os aplica”, complementou o secretário.

O controle de resíduos e a regulamentação do uso dos agroquímicos será feito em parceria com o Instituto Biológico, da Secretaria. “Faremos colheitas fiscais de produtos como tomate, pimentão, morango, alface, goiaba, cenoura e pepino, que passarão por uma rotina de monitoramento e de controle de resíduos. Temos também o compromisso de rever e atualizar a lei de conservação e fiscalização do solo agrícola e questões voltadas ao manejo integrado de pragas.

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