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Sensor de inversão térmica evita deriva na pulverização

Sensores no trator ou autopropelido medem em tempo real a condição da atmosfera


Um dos mecanismos que podem ser utilizados para evitar a deriva dos herbicidas é um sensor de inversão térmica utilizado na pulverização. A afirmação é do especialista em derivas de aplicação de defensivos, Dr. Marcos Vilela Monteiro, que estuda a área desde a década de 1960 e também desenvolveu um desses sensores.

De acordo com o especialista, os principais sensores de inversão térmica disponíveis nos Estados Unidos traziam muitas limitações porque eram compostos por uma vara telescópica que media a diferença de temperatura entre dois pontos de alturas diferentes e assim extrapolavam essa medida para toda a área. Nesse cenário, ele acredita que a agricultura brasileira precisava de um projeto mais complexo e que realmente conseguisse medir com precisão em tempo real. 

“O fenômeno da inversão térmica pode acontecer em diversos pontos da área de aplicação e uma medida pontual tem uma abrangência limitada. A solução foi colocar um conjunto de sensores no trator ou pulverizador autopropelido que medem em tempo real a condição da atmosfera e na área em que a pulverização está sendo realizada”, explica.

Segundo ele, o sensor é necessário porque o fenômeno da inversão térmica, um dos principais causadores da deriva, ocorre principalmente nos períodos da manhã e final da tarde (podendo ocorrer em qualquer horário do dia), quando o aquecimento das camadas do ar próximas ao solo não é suficiente para superar as temperaturas das camadas superiores. No entanto, o horário e tempo da reversão do fenômeno varia conforme a cobertura das nuvens na área a ser tratada.

Saiba mais na reportagem anterior: Inversão térmica é o grande perigo da deriva

Com o uso do sensor se torna possível determinar a existência ou o nível da inversão térmica no momento da aplicação. Assim, o equipamento age alertando o aplicador do herbicida sobre as condições da pulverização e probabilidade da ocorrência da deriva.

“Os defensivos aplicados nessas condições sofrem grande influência da [inversão]. As gotas menores ficam suspensas na camada de ar mais aquecida e o produto perde-se pela evaporação e sublimação sofrendo deriva de longas distâncias levadas pelos ventos laterais”, conclui. Saiba mais sobre o sensor de inversão térmica desenvolvido por brasileiros clicando AQUI.

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