Setor agropecuário gera 244 mil novos postos de trabalho
Número de trabalhadores no agronegócio brasileiro cresceu 0,9% no segundo trimestre

O setor agropecuário brasileiro bateu novo recorde de ocupações no segundo trimestre de 2025, empregando 28,2 milhões de pessoas, de acordo com dados do Cepea/CNA. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o número de trabalhadores no agronegócio brasileiro cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior — um acréscimo de cerca de 244 mil pessoas.
Com esse avanço, o setor passou a representar 26% de todas as ocupações do mercado de trabalho nacional, que cresceu 2,3% no mesmo intervalo, segundo o estudo.
Os dados indicam que o crescimento no emprego agropecuário foi puxado principalmente pelos segmentos de insumos (+7,4%), agroindústria (+2,1%) e agrosserviços (+3,2%). Em contraste, o segmento primário — que compreende atividades como lavoura e pecuária — registrou retração de 2,6%.
O destaque vai para os agrosserviços, que absorveram mais de 325 mil novos trabalhadores, totalizando 10,5 milhões de ocupações — o maior volume já registrado na série histórica iniciada em 2012. De acordo com os pesquisadores do Cepea/CNA, esse crescimento reflete a ampliação da demanda por serviços ligados ao agronegócio, como logística, comercialização, assistência técnica e financiamento rural, além da recuperação da agroindústria.
A expansão no número de empregos no agronegócio coincide com o bom desempenho da agropecuária nacional, que deve registrar safras recordes e manter elevados níveis de abate. Esse cenário tem impulsionado setores como transporte, armazenagem, distribuição e serviços técnicos especializados, resultando na dinamização da cadeia produtiva e na elevação da ocupação nos agrosserviços.
Além disso, a recuperação econômica e o aumento da industrialização de produtos agropecuários têm gerado reflexos positivos na contratação de mão de obra, tanto nas zonas rurais quanto urbanas.