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Setor florestal vai investir R$ 35 bilhões até 2023

Setor aposta em novas florestas, fábricas, expansões, tecnologia e ciência


Foto: Marcel Oliveira

O setor florestal prevê investimentos em expansão de R$ 35,5 bilhões até 2023, destinado para florestas, novas fábricas, expansões, tecnologia e ciência. Formado por reúne empresas que têm nas árvores cultivadas a base da sua produção o investimento é considerado quase o dobro do registrado nos últimos quatro anos, quando o montante chegou a R$ 18 bilhões.

O investimento do setor reflete o otimismo do segmento, especialmente na economia verde, com produtos com rastreabilidade, originados em fontes renováveis, recicláveis, muitos deles, biodegradáveis, e que, por sua base em árvores plantadas, absorvem e estocam CO2. Os dados constam no Relatório Anual da Ibá 2020, produzido pela primeira vez em parceria com Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo o presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, o setor trabalha focado com respeito ao meio ambiente e as metas da legislação ambiental sendo 100% da matéria-prima vindo de florestas cultivadas. “O desmatamento ilegal é repudiado pelas companhias do setor, que inclusive se destacam como as que mais conservam áreas naturais no país”, destaca.

A indústria investe em pesquisa e inovação para oferecer cada vez mais biodprodutos e biomateriais da economia circular, biodegradáveis e recicláveis, como mais opções para tecidos verdes, como a celulose solúvel, usada na viscose, e a microfibrilada em fase de desenvolvimento.

As associadas da Ibá investiram R$ 828 milhões em ações socioambientais, beneficiando 6,9 milhões de pessoas com projetos que buscam ajudar no desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida e prosperidade das comunidades onde o setor está inserido. 

Desempenho na economia

Segundo o relatório, pela primeira vez o setor atingiu uma receita bruta total na casa de R$ 100 bilhões. A contribuição na balança comercial foi de US$ 10,3 bilhões em 2019, o segundo melhor resultado dos últimos 10 anos. Essa cadeia industrial representa 1,2% do PIB Nacional. 

Foram gerados 1,3 milhão de postos de trabalho, na cadeia de árvores plantadas, somando oportunidades para 3,75 milhões de brasileiros em todo o País. Com os investimentos de expansão devem ser criados mais 36 mil novos postos de trabalho.

O setor tem uma área total de árvores cultivadas de 9 milhões de hectares  e outros 5,9 milhões de hectares destinados para Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal (RL) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), uma área maior que o Estado do Rio de Janeiro. Segundo a Ibá são 7,4 milhões de hectares certificados atualmente, um crescimento frente ao ano anterior. 

O potencial de estoque das suas áreas tanto de plantação, quanto de conservação, soma 4,48 bilhões de toneladas de CO2eq. Além de uma relevante taxa de reciclagem de papel (66,9%), o setor também se destaca pela alta participação (90%) de energia renovável em sua matriz.

Todas as empresas exportadoras de papel e celulose brasileiras adotam voluntariamente programas de certificação que asseguram a rastreabilidade e a origem responsável dos seus produtos, com sistemas reconhecidos internacionalmente, como Forest Stewardship Council (FSC), Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC) e International Organization for Standardization (ISO).  A soma da área certificada pelo setor é maior do que a área da Bélgica, Dinamarca ou Suíça, por exemplo.
 

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