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Setor movimenta perto de R$ 1,5 bi por ano

In­dús­trias tra­ba­lham pa­ra de­sen­vol­ver al­ter­na­ti­vas ­mais nu­tri­ti­vas e sa­bo­ro­sas


A indústria do milho processa 10% do que é produzido de grãos no País e movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão por ano. Cerca de 60% do que é colocado no mercado para consumo humano chega em forma de fubá e floco de milho. ''É o que realmente as pessoas mais consomem; são produtos baratos, com valor agregado e que se incorporam à alimentação da população'', observa José Ronald Rocha, diretor da Nutrimilho, em Maringá, e vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Milho (Abimilho).

Segundo ele, o Nordeste é a principal região consumidora do País: média per capita de 40 quilos por ano. Já no Sul, é de oito quilos. A diferença entre todas as regiões resulta em um índice aproximado de 15 quilos de consumo per capita no Brasil. ''Ainda temos muito espaço para crescer'', garante Rocha, comparando o consumo do País com o do México, onde a população come em média 50 quilos de milho (in natura ou processado) ao ano.

Em busca de mais consumidores, o vice-presidente da Abimilho comenta que muitas campanhas de incentivo ao consumo do grão têm sido efetuadas individualmente pelas empresas Brasil afora e também pela própria entidade. Conforme informações da Abimilho, o incentivo ao consumo humano do cereal é uma das mais eficientes iniciativas para corrigir o problema da desnutrição, que acomete grande parcela da população brasileira.

O milho, segundo a associação, é um cereal de elevado valor energético, justamente a principal deficiência nutricional da população brasileira de baixa renda. Cada cem gramas do milho em grão contém cerca de 360 calorias (kcal) - o que representa quase 20% da necessidade calórica de um adulto, em torno de 2.100 kcal diárias.

Rocha cita que algumas campanhas feitas junto ao governo federal pretendem aumentar a fiscalização efetuada na indústria, com o objetivo de confirmar se está sendo acrescentado ferro à farinha de milho como deveria. A obrigatoriedade da adição da substância foi determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que apontou a importância da adição do ferro para ajudar no combate à anemia.

''O milho é um produto nutritivo, barato e acessível, ideal para o consumo nas escolas e da população em geral. As farinhas de milho, enriquecidas com ferro e ácido fólico para combate à anemia e à mielomeningoceli, por exemplo, deveriam receber maior incentivo por parte do governo para consumo na merenda escolar'', afirma o vice-presidente da Abimilho. Ele acrescenta que as indústrias também têm atuado diretamente junto às prefeituras e demais órgãos para que estimulem o que foi determinado em decreto pela Anvisa há oito anos.

O setor, segundo dados da Abimilho, responde atualmente por 3.350 empregos diretos e 30 mil empregos indiretos. Os principais produtos processados pela indústria do milho são canjicas, farinhas, flocos, farinhas pré-cozidas, óleo refinado, amido, xaropes de glucose e dextrose, além de derivados de uso industrial utilizados pelas indústrias de bebidas, papel e celulose, têxtil e medicamentos, dentre outras. (E.Z.)

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