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Setor químico ensaia recuperação

Abiquim apresenta resultados que representam uma melhora em Maio em relação ao mês anterior


O segmento de produtos químicos de uso industrial registrou crescimento nos índices de produção de 8,01%, vendas internas de 2,1% e consumo aparente nacional (CAN) de 8,1%. De acordo com os dados, apresentado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), os resultados representam uma melhora em Maio em relação ao mês anterior.

Apesar disso, ressalta a Abiquim, o setor apresenta recuo no índice de produção de 1,61% e no consumo aparente nacional de 5,1% no acumulado de janeiro a maio de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado: “O nível de utilização da capacidade instalada ficou em apenas 72% na média dos cinco primeiros meses de 2019, três pontos abaixo da taxa de igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, de junho de 2018 a maio de 2019, o índice de produção apresenta recuo de 2,68% sobre os 12 meses anteriores, sendo o 15º mês consecutivo de resultado negativo”.

Segundo a entidade, o setor químico se ressente do enfraquecimento e da redução da atividade econômica nacional. “Outro fator que tem afetado a competitividade é a alta de insumos básicos e de energia (como gás natural), que estão pressionando os custos unitários de produção justamente em um momento em que o nível operacional se encontra em patamares baixos. Dada a facilidade de penetração e atratividade pelo mercado brasileiro, não é possível, no caso da indústria química, competir com alguns países que detém vantagens comparativas, especialmente em termos de energia elétrica e matérias-primas básicas, tão relevantes para o setor”, analisa a Abiquim.

De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, “apesar dessas incertezas, o setor químico está otimista com o lançamento do Programa Novo Mercado de Gás, divulgado pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, na última segunda-feira (24 de junho), que trará frutos importantes para o setor, maior usuário entre os segmentos industriais de gás e o único que utiliza o produto como matéria-prima”.

Fátima afirma que o setor químico pode passar por uma transformação nos próximos anos, com a disponibilidade dos líquidos do gás, que são matéria-prima nobre da petroquímica, e que podem atrair investimentos no País, como ocorreu com os Estados Unidos e o shale gas nos últimos anos. 

“As perspectivas são de que ocorra redução dos custos do gás e da energia em 50% nos próximos anos, o que muda o ambiente de negócios e as perspectivas, sendo considerada a melhor agenda positiva dos últimos anos, com possibilidade de atração de novos investimentos e impacto substancial no crescimento do PIB”, conclui ela.

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