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Software unifica dados da pecuária

Missões da União Europeia e da China virão ao Brasil para avaliar as alterações in loco


O Ministério da Agricultura (Mapa) pretende colocar em funcionamento até o final do ano novo sistema informatizado de controle da pecuária nacional. O software está em desenvolvimento em parceria com a CNA e integrará informações da GTA, Sisbov, SIF e outros. O projeto foi detalhado pelo secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, ontem, em visita à Capital, onde participou da comemoração do Dia do Fiscal Federal Agropecuário, promovido pela Associação dos Fiscais Agropecuários do RS.

A ferramenta de gestão facilitará a administração do trânsito de animais e, apesar da integração dos dados da pecuária, Kroetz garante que a ideia não é cruzar informações com a Receita Federal.

Segundo ele, assim que o software estiver disponível, o Mapa deve editar instrução normativa (IN) que alterará as normas do Sisbov. 'Não adianta publicar a IN agora se não pode ser cumprida. Não adianta contratar um motorista e não ter um carro para ele dirigir', frisou.

As mudanças visam a garantir maior adesão de criadores à rastreabilidade e, com isso, ampliar a oferta de animais aptos para abate ao mercado europeu. 'A maioria dos pecuaristas quer isso. As federações também apoiam', disse Kroetz.

O secretário adiantou alguns ajustes do sistema. Com a mudança, o produtor será o responsável pela inclusão dos animais na base de dados. 'Isso dará maior responsabilidade ao pecuarista. Ele não poderá dizer que não sabia.'

Para validar o sistema brasileiro, uma nova missão da União Europeia deve chegar ao país ainda neste ano. Os técnicos devem visitar a região Centro-Sul no último trimestre de 2009. Após outubro, é aguardada a vinda de grupo de chineses. Kroetz informou que o Mapa negocia exportação de carne para África, Japão e Coreia.

O coordenador do Sisbov no Estado, Gilson Evangelista, avaliou positivamente as mudanças propostas, mas acredita que será necessário intensificar a fiscalização. Ele salientou que os produtores têm acesso à Base Nacional de Dados (BND) pela internet e que receberam senha para alterar nome e endereço no cadastro, caso queiram, e tenham acesso aos dados da propriedade. Antes, era necessário solicitar à certificadora.

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