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Soja: Chance de alta do preço depende do dólar

“Então, nossa recomendação é que se venda um pouco de soja a cada elevação do dólar"


O único elemento que pode dar um último suspiro no aumento do preço da soja no Brasil é o dólar, segundo informou o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com ele, esse é o único panorama que pode mudar alguma coisa no curto prazo. 

“Chicago está muito pressionado pelas grandes disponibilidades mundiais (quase o dobro da demanda chinesa, como mostramos abaixo), de um lado e pela grande redução das compras da China, de outro, de modo que há poucas perspectivas de alta a curto prazo (aliás, mesmo que haja este acordo, com o grande abate de suínos no país, ele não vai gerar demanda adicional). Este recuo da demanda chinesa também não irá aumentar os prêmios de exportação (na Argentina já são negativos e no Brasil caíram de +70 para maio no início do ano para +35, na última semana)”, escreveu em seu boletim informativo diário. 

Além disso, ele indicou também que os fretes irão subir, “mas eles não elevam os preços da soja, muito ao contrário, faz o preço pago ao agricultor caírem, porque quem paga o frete é o vendedor. Resta o dólar que, nesta semana, teve uma alta de 1,14% entre segunda e quarta, fechando a semana em alta de apenas 0,05%”. 

Nesse cenário, a principal dica do especialista é aproveitar cada subida do preço do dólar para comercializar o grão. “Então, nossa recomendação é que se venda um pouco de soja a cada elevação que houver com o dólar no Brasil ou, se houver algum fator novo, ainda não presente no mercado (como um problema no clima nos EUA, por exemplo)”, conclui. 

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