Soja: Preparação para a nova safra
A correção do solo e a adubação adequada também são cruciais
A próxima safra de soja (24/25), estimada em 47,7 milhões de hectares e uma produção de 166,28 milhões de toneladas, apresenta-se como um grande desafio, conforme o primeiro levantamento realizado pela Conab. Esse cenário adverso é resultado das mudanças climáticas em curso, que impactarão diferentes regiões do Brasil de maneiras variadas, segundo João Vitor Ganem e Décio Gazzoni, do Centro de Estudos Avançados em Economia (CESB).
Para alcançar bons resultados, o produtor deve considerar uma combinação de fatores agronômicos, técnicos e ambientais. A seleção de cultivares é fundamental; é recomendado seguir o Zoneamento de Risco Climático (ZARC) e escolher variedades adaptadas às condições locais, que apresentem resistência a doenças e pragas, além de potencial para boa produtividade. O manejo da densidade de plantio deve evitar tanto a superlotação quanto o espaçamento excessivo, maximizando a produção por unidade de área.
A correção do solo e a adubação adequada também são cruciais. A soja necessita de nutrientes balanceados, como nitrogênio, fósforo e potássio. O uso de inoculantes e co-inoculantes permite a fixação biológica de nitrogênio, reduzindo custos. O manejo eficiente da água é essencial, especialmente durante a floração e a formação dos grãos. O controle de pragas, doenças e plantas daninhas, juntamente com a rotação de culturas, contribui para a saúde do solo e para a produtividade da lavoura.
Na safra 23/24, os campeões de produtividade demonstraram que a boa estruturação do solo e o manejo adequado foram essenciais para enfrentar as adversidades climáticas. Especialistas do CESB afirmam que fatores manejáveis, como solo e planta, foram responsáveis por 50% da eficiência do ambiente de produção, permitindo resultados acima das médias regionais e nacionais.