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Soja: recuperação em Chicago não afasta tendência de baixa

Cotações da soja oscilam em meio a cenário de incerteza


Foto: Divulgação

Segundo análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), publicada nesta quinta-feira (2), as cotações da soja em Chicago tiveram forte queda na virada de setembro para outubro, acompanhando o movimento da semana anterior. O bushel da oleaginosa chegou a US$ 10,01 no dia 30, mas no dia seguinte voltou a subir, encerrando a quinta-feira cotado em US$ 10,23, contra US$ 10,12 uma semana antes.

A média de setembro fechou em US$ 10,19 por bushel, registrando alta de 1,4% em relação a agosto, após três meses consecutivos de retração. Para efeito de comparação, em setembro de 2024 a média foi de US$ 10,14. A Ceema avalia que esse desempenho permite imaginar uma possível estabilização do mercado, após oscilações intensas entre 2020 e 2023.

O relatório trimestral de estoques, divulgado em 1º de outubro, apontou recuo de 8% para a soja em relação à posição de setembro, fator que contribuiu para a recuperação parcial dos preços. “Embora esperado pelo mercado, no imediato o anúncio mexeu um pouco com as cotações”, apontou a análise.

Outro ponto destacado foi o anúncio do presidente dos Estados Unidos sobre uma nova reunião com o presidente da China, tendo a soja como tema central. “A expectativa de uma redução nas tarifas de importação chinesas melhoraram, portanto, o ambiente em Chicago”, observou o documento. Desde maio, a China não compra soja norte-americana, após a imposição de novas tarifas.

Apesar da reação positiva no início de outubro, o mercado ainda segue em viés de baixa. A expectativa está voltada para o próximo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para 9 de outubro.

Paralelamente, a colheita da safra norte-americana alcançou 19% da área até 28 de setembro, contra a média de 20% para o período. Do total a ser colhido, 62% das lavouras estavam avaliadas entre boas e excelentes, frente a 64% no mesmo período do ano passado.

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