Soja boa no norte e problemática no Sul do no RS
Definição da produção se dará em função da regularidade das precipitações
O cenário da cultura da soja no Rio Grande do Sul é bastante díspar entre as diversas regiões, de acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar diulgado nesta quinta-feira (22.02). No Norte, de forma geral, o visual das lavouras impressiona pelo porte e carga de vagens, confirmando o bom potencial produtivo.
Porém, segundo técnicos, a definição dessa produção se dará em função da regularidade das precipitações nas próximas semanas. Há que se ter em vista a predominância das lavouras na fase de enchimento de grãos (60% do total), que exigem atenção redobrada com relação ao desenvolvimento de doenças, principalmente a ferrugem, sendo esta já diagnosticada em diversas lavouras.
“A maioria dos produtores já realizou duas aplicações de fungicida e muitos já realizaram a terceira aplicação. Técnicos têm orientado agricultores a não fazer o uso de inseticidas concomitante a esta aplicação, quando não constada a presença de pragas para as quais é necessário controle”, observa a T&F Consultoria Agroeconômica.
Ainda na Metade Norte, teve sequência a colheita das variedades precoces implantadas em setembro (percentual pouco expressivo da área total) com produtividade média superior a 50 sacas por hectare.
Já a Metade Sul, aponta a Emater, segue em situação de alerta, com significativo número de lavouras apresentando diminuição acentuada do potencial produtivo. O mais preocupante é que, por parte da meteorologia, não há prognóstico de chuva expressiva para esta parte do Estado, diminuindo consideravelmente a possibilidade de recuperação, por mínima que seja, das lavouras.
Nesse sentido a Emater/RS-Ascar segue monitorando e analisando as informações recebidas através do seu sistema de monitoramento (IPAN-Quinzenal), o que possibilitará uma avaliação mais precisa da situação e o respectivo impacto na produção do Estado. Os números deverão ser finalizados até a próxima semana.
Os agricultores monitoram a culturas no que diz respeito à presença de pragas, principalmente o ácaro rajado. Quando a doenças fúngicas o clima predominante seco proporciona condições para redução dessas moléstias.