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Soja cai em Chicago com vendas especulativas

Horizonte fundamental continua ofuscado pela crise sanitária do COVID-19



Foto: Nadia Borges

O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago (CBOT) registrou na sexta-feira (24.04) baixa de 7,00 pontos no contrato de Maio/20, fechando em US$ 8,3225 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT fecharam a sessão com desvalorizações entre 6,50 e 7,25 pontos.

Os principais contratos futuros fecharam a semana com perdas no mercado norte-americano da oleaginosa, após vendas para tomada de lucros. “As vendas de soja norte-americana para a China foram de 136.000 toneladas e México de 125.000 toneladas. Com o passar do tempo, o gigante asiático já estaria procurando fechar grandes compras de soja e milho para fornecer reservas oficiais”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

Os trituradores estatais continuaram a fazer investigações sobre a soja dos EUA tanto do Golfo dos EUA quanto do Noroeste do Pacífico durante a sessão comercial de quinta-feira, apesar dos preços serem mais caros que os brasileiros. “Mais duas ou três cargas de soja dos EUA foram ouvidas contratadas do Golfo dos EUA para a China por um comprador estatal para embarques entre agosto e setembro deste ano. Isso fez com que as compras totais de soja dos EUA da China se aproximassem de 1 milhão de toneladas esta semana” apontam os analistas da T&F.
 
De acordo com a ARC Mercosul, já não bastando uma semana repleta de euforia especulativa, a sexta-feira encerrou com chave de ouro neste mercado extremamente volátil: “No cenário internacional tivemos a falta de demanda futura por commodities agrícolas, com negócios limitados ao mercado disponível. Usuários finais (consumidores) não possuem intenções de adicionar compras de longo-prazo, uma vez que o horizonte fundamental continua ofuscado pela crise sanitária do COVID-19”. 

“Além do mais, o avanço do plantio norte-americano continua sob um cenário climático estável – o que adiciona pressão aos preços, diante de uma possível oferta cheia na safra estadunidense”, completam os analistas da ARC Mercosul.

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