Soja e milho têm produtividade reduzida nos EUA

O novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta sexta-feira (14), confirma cortes na produtividade de soja e milho para a safra 2025/26 e ajustes relevantes nos estoques globais, impactando diretamente as expectativas do mercado internacional.

O USDA reduziu a projeção de produtividade das principais culturas norte-americanas. A soja teve rendimento estimado em 59,41 sacas por hectare, número inferior tanto à estimativa anterior de 59,97 sc/ha quanto à média das expectativas de mercado, que era de 59,52 sc/ha. O milho seguiu a mesma tendência: caiu para 194,58 sc/ha, abaixo dos 195,32 sc/ha previstos em setembro, embora ainda acima da média esperada de 192,49 sc/ha.

No balanço dos estoques, o milho surpreendeu com elevação para 54,71 milhões de toneladas, superando a estimativa anterior (53,60 mi/t) e a média projetada (54,26 mi/t). Já os estoques finais de soja recuaram para 7,89 milhões de toneladas — abaixo da previsão do mercado, que girava em torno de 8,27 mi/t, e inferior ao número de setembro (8,16 mi/t).

Já no cenário internacional, os estoques finais de soja também foram revisados para baixo, caindo de 123,99 para 121,99 milhões de toneladas. A expectativa média do mercado era de 124,21 milhões. Em contrapartida, os estoques globais de milho cresceram significativamente, passando de 264,06 para 271,43 milhões de toneladas.

Para América do Sul, o USDA manteve inalteradas as projeções, apesar do ceticismo de analistas. A safra 2025/26 de soja do Brasil segue estimada em 175 milhões de toneladas — número já questionado por especialistas e produtores. A Argentina continua com 48,50 milhões de toneladas previstas. Para o milho, a estimativa permanece em 131 milhões de toneladas no Brasil e 53 milhões na Argentina.

O destaque foi para a revisão da safra brasileira de soja 2024/25, elevada de 169 para 171,50 milhões de toneladas, refletindo uma atualização na safra velha.