O contrato de novembro subiu 0,73% - Foto: United Soybean Board
A soja encerrou o pregão desta quarta-feira (9) em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT), com o mercado reagindo à expectativa de uma redução na safra americana e à possível liberação de um novo pacote de ajuda aos agricultores dos Estados Unidos. Segundo informações da TF Agroeconômica, os contratos futuros de soja avançaram apoiados por compras técnicas e pela cobertura de posições vendidas, em meio a um cenário de incerteza política e econômica no país norte-americano.
O contrato de novembro subiu 0,73%, ou US$ 7,50 cents/bushel, fechando a US$ 1.029,50. Já o contrato de janeiro teve alta de 0,48%, cotado a US$ 1.044,50. O farelo de soja para outubro encerrou com valorização de 0,71%, a US$ 270,8 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja para o mesmo mês avançou 0,87%, cotado a US$ 50,97 por libra-peso. A TF Agroeconômica destacou que o mercado segue atento ao pacote de ajuda prometido pela Casa Branca aos produtores afetados pela guerra tarifária com a China, que mantém as importações da soja americana praticamente zeradas.
O anúncio do auxílio, estimado entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões, era esperado para o início da semana, mas deve atrasar em razão da paralisação parcial do governo dos EUA. Essa incerteza adiciona volatilidade às negociações, sustentando as cotações no curto prazo. Além disso, a ausência do relatório WASDE, adiado devido à mesma paralisação, reforça as apostas de que a produção americana será menor do que a estimativa anterior do USDA, de 117,05 milhões de toneladas.
As previsões privadas apontam para uma safra reduzida, próxima de 116,24 milhões de toneladas, com rendimento médio de 3.578 kg/ha — ligeiramente abaixo dos 3.598 kg/ha projetados em setembro. Esse possível ajuste na oferta, combinado com o atraso nas decisões governamentais, mantém o mercado de soja em um ambiente de cautela, mas com viés altista no curto prazo.
