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Soja encerra pregão em queda

Outro fator de pressão foi o aumento da inflação nos EUA



Outro fator de pressão foi o aumento da inflação nos EUA Outro fator de pressão foi o aumento da inflação nos EUA - Foto: Nadia Borges

A soja negociada na Bolsa de Chicago encerrou o pregão desta terça-feira (15) em queda, influenciada por fatores climáticos e econômicos nos Estados Unidos. Segundo informações da TF Agroeconômica, o contrato de agosto, referência para a safra brasileira, recuou 0,60%, ou -6,00 cents por bushel, encerrando o dia a US$ 995,00. A posição de setembro também caiu 0,60%, cotada a US$ 987,25. No mercado de derivados, o farelo de soja para agosto recuou 0,90% (US$ -2,40), fechando a US$ 265,3 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,72% (US$ +0,39), encerrando a US$ 54,56 por libra-peso.

O principal fator para a queda das cotações foi a melhora de 4 pontos percentuais na classificação da safra americana, superando as expectativas do mercado e sinalizando uma possível produção robusta no país. Apesar da baixa nos grãos e no farelo, o óleo de soja foi beneficiado pela boa demanda e cenário favorável ao biodiesel. A NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas) reportou moagem recorde de 5,05 milhões de toneladas em junho, a maior já registrada para o mês, mesmo com estoques em queda, reflexo da dificuldade no escoamento do farelo.

Outro fator de pressão foi o aumento da inflação nos EUA. O índice de preços ao consumidor subiu 0,3% em junho, a maior alta mensal desde janeiro, elevando o índice anual para 2,7%. O cenário econômico mais apertado reforçou o movimento de realização de lucros, mesmo com a alta do óleo – que, na posição de agosto, avançou US$ 8,60 e fechou o dia a US$ 1.202,82 por tonelada. O farelo, por sua vez, recuou US$ 2,65, finalizando o dia a US$ 292,44 por tonelada.

Por fim, o setor de energia também entra no radar. A expansão da capacidade de moagem de soja nos EUA está sendo impulsionada pelo crescimento da demanda por biocombustíveis, como o biodiesel. A chamada “energia agrícola” vem ganhando força com os novos mandatos de mistura obrigatória definidos pela Agência de Proteção Ambiental americana, o que pode sustentar os preços do óleo no curto e médio prazo.
 

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