Soja fecha em alta com oferta mais apertada nos EUA
O relatório do USDA mostrou queda na produção americana

A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou o pregão desta terça-feira (12) em alta, impulsionada por um relatório de oferta e demanda do USDA considerado positivo pelo mercado. Segundo a TF Agroeconômica, as cotações reagiram à redução das projeções para a colheita e os estoques finais dos Estados Unidos na safra 2025/2026, contrariando as expectativas dos traders.
O contrato de setembro, referência para a safra brasileira, subiu 2,12% (US\$ 21,00 cents/bushel), fechando a US\$ 1.012,75. Já o contrato de novembro avançou 2,13% (US\$ 21,50 cents/bushel), a US\$ 1.032,75. No mercado de derivados, o farelo de soja para setembro ganhou 0,21% (US\$ 0,60/ton curta), a US\$ 281,40, enquanto o óleo de soja para o mesmo vencimento avançou 0,09% (US\$ 0,05/libra-peso), a US\$ 53,24.
O relatório do USDA mostrou queda na produção americana, reflexo principalmente da redução da área plantada e colhida. Apesar disso, a produtividade média foi revisada para cima, o que amenizou a diminuição no volume total. Os estoques finais foram projetados em 7,89 milhões de toneladas, abaixo do esperado pelo mercado, reforçando um cenário de oferta mais restrita.
Mesmo com esse quadro, a ausência da demanda chinesa mantém o clima de incerteza. Até o momento, a China não comprou soja dos EUA para 2025/2026, algo inédito nas últimas duas décadas. Embora a trégua tarifária entre os dois países tenha sido prorrogada por 90 dias, Pequim segue empenhada em diversificar fornecedores e reduzir a dependência americana. As informações foram divulgadas nesta manhã de quarta-feira.