Soja fecha mista em Chicago com demanda interna firme
Os Estados Unidos têm buscado diversificar seus destinos

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a quarta-feira (22) de forma mista, refletindo o equilíbrio entre a força da demanda doméstica nos Estados Unidos e as expectativas de uma safra recorde no Brasil. De acordo com a TF Agroeconômica, o contrato para novembro subiu 0,39% ou 4,00 cents/bushel, cotado a US$ 1.034,75, enquanto o de janeiro avançou 0,14% ou 1,50 cents/bushel, a US$ 1.050,00. No complexo, o farelo de soja para dezembro teve alta de 1,08%, a US$ 290,0/ton curta, enquanto o óleo de soja recuou 1,15%, a US$ 50,07/libra-peso.
Segundo o estrategista de hedge da AgMarket.net, Jason Meyer, os preços da oleaginosa vivem um “momento interessante”. Embora a China ainda não tenha intensificado as compras da nova safra americana, a forte moagem interna e o crescimento das exportações para outros destinos têm ajudado a sustentar as cotações. Além disso, a lentidão nas vendas por parte dos produtores norte-americanos vem contribuindo para uma melhora dos níveis de base no mercado físico.
Os Estados Unidos têm buscado diversificar seus destinos de exportação de soja, com destaque para o Norte da África, visto como um mercado emergente promissor. Essa movimentação ocorre em meio à concorrência com o Brasil, principal fornecedor global da oleaginosa, cuja oferta competitiva atrai grande parte da demanda chinesa.
Apesar do suporte momentâneo, os contratos mais longos sentiram a pressão das projeções otimistas para a próxima safra brasileira. A Abiove estima uma produção de 178,5 milhões de toneladas de soja em 2025/26, o que tende a aumentar a oferta global e limitar o potencial de alta dos preços internacionais no médio prazo.