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Soja não é responsável por desmatamento da Amazônia

Conclusão do Relatório do Monitoramento por Imagens de Satélite


A sojicultura não é vetor relevante de corte da floresta – essa é a conclusão do Relatório do Monitoramento por Imagens de Satélite dos Plantios de Soja no Bioma Amazônia Safra 2016-2017, divulgado nesta quarta-feira (10.01) pelo Ministério do Meio Ambiente. Em 11 anos da Moratória da Soja, as áreas desmatadas na região para implantação da oleaginosa correspondem a apenas 1,2% do total desflorestado.

De acordo com dados apresentados pelo Grupo de Trabalho da Soja (GTS), que planeja e executa as ações da Moratória, o estado de Mato Grosso teve a maior participação no plantio de soja em áreas em desacordo com a Moratória: 36,1 mil ha (76,2%), seguido do Pará, com 7,4 mil ha (15,7%), do Maranhão, com 2,2 mil ha (4,7%) e de Rondônia, com 1,6 mil ha (3,4%).

A Moratória da Soja, declarada em julho de 2006 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e empresas associadas, é um compromisso de não aquisição nem financiamento da soja cultivada em áreas desmatadas do bioma Amazônia a partir de julho de 2008, data de referência adotada após a vigência do Código Florestal.

“Ao divulgarmos este relatório no 11º ano da Moratória da Soja, é bom lembrar o legado dessa iniciativa simples, mas extremamente eficaz, que respondeu às exigências do mercado internacional, principalmente o europeu, em uma época em que a governança ambiental brasileira era incipiente. O tempo passou e, a cada ano, ao prestarmos conta à sociedade dos resultados do monitoramento com imagens de satélite, observamos que a soja não é um vetor relevante de desmatamento no bioma Amazônia”, afirma Carlo Lovatelli, coordenador do setor privado na Moratória da Soja e presidente da Abiove até setembro de 2017. 

“A legislação ambiental brasileira tem sido evidenciada em diversos estudos recentes como uma das mais rigorosas do mundo em matéria de conservação de recursos naturais - vegetação e biodiversidade. A Moratória ainda terá o seu papel de destaque na governança ambiental pública e privada, porém, cada vez mais indústria, governo, sociedade civil e consumidores terão de orientar seu trabalho de monitoramento dos plantios de soja no bioma Amazônia levando em conta a nova realidade do Código Florestal que estamos incorporando às nossas ações de sustentabilidade no dia a dia”, conclui.

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