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Soja Plus terá propriedades modelo

Somente no ano passado, 19 oficinas de Segurança e Saúde no Trabalho Rural foram promovidas


Quando se fala em sustentabilidade na produção de grãos em Mato Grosso tem que ser destacado o programa Soja Plus, da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja). Sua criação possibilitou levar aos agricultores, por meio de treinamento, orientações sobre como manter a propriedade rural legalizada e no caminho pelas melhoras práticas.

Somente no ano passado, 19 oficinas de Segurança e Saúde no Trabalho Rural foram promovidas, somando 798 participantes, além da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) que possibilitou ofertar 23 cursos sobre a Norma Regulamentadora 31 (NR-31), que trata de qualidade de vida no trabalho, atingindo cerca de 400 participantes. Para 2012, a Aprosoja vai ampliar e fortalecer o Soja Plus, programa de melhoria contínua da gestão das propriedades rurais e da produção de soja em Mato Grosso.

As ações de capacitação, especialmente na área de segurança no trabalho e legislação ambiental, continuarão este ano, mas receberão um reforço com a implantação de propriedades modelos, distribuição de kits aos produtores e a entrada de novos profissionais no corpo técnico do programa.

Além dos cursos e oficinas, a novidade para este ano é que o programa irá implantar projetos piloto de adequação em 21 propriedades distribuídas por regiões no estado. As “propriedades modelos” serão utilizadas como pontos de disseminação de experiências para os demais produtores.

De acordo com o presidente da Aprosoja, a preocupação com a questão ambiental, trabalhista, entre outras, vai continuar em 2012, pois entidade já identificamos estes assuntos como prioritário para os produtores de Mato Grosso. São parceiros do programa com a Aprosoja a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Instituto Algodão Social (IAS), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea), entre outras entidades.

O engenheiro agrônomo, Dirceu N. Gassen, conselheiro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável, publicou em seu artigo “A Sustentabilidade na Produção de Grãos”, que a necessidade de evoluir e adaptar-se às demandas do mercado, com maior eficiência nos processos de produção, resultaram em inovações tecnológicas e, em um novo perfil de agricultor e de negócios na agricultura. Segundo ele, a lógica predominante é a competição com os melhores em qualquer parte do mundo.

Assim, a agricultura deixa de ser um negócio de proprietários, protegida pelo Estado, para ser parte de uma cadeia de produção de alimentos regida pelo mercado, pela qualidade dos produtos, com base na adoção de boas práticas agrícolas.

De acordo com o engenheiro, a sustentabilidade na produção de grãos tem a sua base na rentabilidade e nos impactos sobre recursos naturais e consequências sociais. Sendo que o agricultor tem a propriedade da terra, mas depende de conhecimento, atitudes e parcerias para atender as demandas do mercado. O perfil do agricultor proprietário da terra e com o domínio dos seus recursos naturais mudou para um gestor da produção de alimentos e guardião da natureza. Hoje o agricultor deve ser um profissional habilitado para a gestão com apoio de especialistas comprometidos com a sustentabilidade na cadeia de produção de alimentos.

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