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Soja reage nos EUA: Acabou o medo?

Especulação já entende que a crise sanitária na China possui pouca relação com a demanda por grãos


Foto: Nadia Borges

O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na segunda-feira (03.02) altas de 4,50 pontos no contrato de Março/20, fechando em US$ 8,77 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com valorizações entre 4,00 e 4,50 pontos.

Os principais contratos futuros abriram a semana com uma sessão de recuperação no mercado norte-americano da soja, depois de caírem aos mínimos de dois meses. “De qualquer forma, o ânimo altista não encontrou respaldo ante a falta de compras da China e a disseminação do coronavírus”, apontam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com a ARC Mercosul, o mercado asiático abriu a semana após o feriado de Ano Novo Lunar com forte retração diante da reação exagerada ao Coronavírus: “Entretanto, as commodities agrícolas internacionais não acompanharam a inclinação, uma vez que especulação já entende que a crise sanitária na China possui pouca relação com a demanda por grãos ou proteínas animais”. 

“O Coronavírus é agressivo na dispersão, porém a taxa de mortalidade é baixa e os níveis de recuperação são altos, quando comparado com outros eventos no passado. Contudo, boatos nos bastidores aqui do mercado já sugerem que o Governo chinês deverá usar a ‘desculpa’ de uma nova crise para descumprir parte da Fase 1 do Acordo Comercial com os Estados Unidos. Enquanto a novela perdura, o Brasil continuará sendo um forte exportador de soja, principalmente com a oferta crescendo nas próximas semanas no decorrer da colheita no país”, concluem os analistas.

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