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Sorgo ganha espaço na segunda safra

Grão segue a tendência do milho, sendo utilizado como substituto deste nas rações


Foto: Marcel Oliveira

A maioria das lavouras de sorgo são semeadas após a colheita das culturas de segunda safra, principalmente soja. Assim, a maioria das lavouras serão cultivadas a partir do início do ano de 2022. Segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) neste ciclo a área deve se manter em 864,6 mil hectares mas a produção do grão deve crescer 18%, alcançando as 2,458 milhões de toneladas, com a produtividade média passando de 2.410 para 2.843 kg/ha.

No Maranhão, o sorgo é cultivado na região sul do estado, após a colheita da soja e o plantio de milho segunda safra. A semeadura e o estabelecimento das lavouras ocorrerá entre o final de fevereiro e março de 2022. Até o presente levantamento, devido ao menor interesse de cultivo, a área total semeada permanece com 9,8 mil hectares.

No Piauí, as lavouras também são semeadas como cultura de segunda safra em sucessão à soja. O plantio no estado ocorre entre o final de março e início de abril. Por ser uma cultura mais rústica e que apresenta menor exigência hídrica em comparação ao milho, alguns produtores optaram por semear esta cultura. O planejamento de área para o sorgo ainda está indefinido.

No Rio Grande do Norte, a cultura do sorgo, com dupla aptidão, vem se tornando uma das principais alternativas de alimentos volumosos para os rebanhos, sobretudo os bovinos, já que a maior parte da produção é destinada para ração animal (forragem). Como o levantamento considera somente o sorgo granífero, estima-se na presente safra uma estabilidade de área de 600 hectares.

Na Bahia, na região centro-sul, as condições climáticas estão favoráveis para as lavouras de sorgo primeira safra. As primeiras lavouras foram implantadas na primeira quinzena de novembro e estão em fase inicial de desenvolvimento vegetativo. Apresentam um bom aspecto, por isso os agricultores acreditam em aumento da produção nesta safra.

Em razão da tolerância à seca, o sorgo nessa região era implantado como alternativa ao milho, por isso, no atual cenário de clima favorável e preço atrativo do milho, as áreas de sorgo são semeadas mais tarde e podem até diminuir. Apesar disso, os agricultores ainda permanecem com intenção de plantio, como segurança na eventualidade de mudança nas condições climáticas.

Na região centro-norte, a maior parte das áreas de sorgo de primeira safra começaram com o preparo do solo na segunda quinzena de novembro. As lavouras ainda estão emergindo, mas em condições propícias para um bom desenvolvimento. Os agricultores estão priorizando a implantação do milho, visto que o grão está com preço mais atrativo no mercado. A maioria das lavouras de sorgo serão implantadas após a semeadura do milho. Na região do extremo-oeste, o plantio é esperado para março de 2022.

O cultivo do sorgo é uma alternativa em sucessão às lavouras de soja em sequeiro, aproveitando o fim da estação chuvosa e o preparo do solo realizado para soja. O sorgo segue a tendência do milho, sendo utilizado como substituto deste nas rações de aves, suínos e bovinos. O cultivo ocorre normalmente com baixo uso de insumos, tendo poucos problemas com pragas e doenças, e as sementes utilizadas são os grãos colhidos na safra anterior.

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