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Startup levará internet ao campo através de balões

A Altave é a primeira startup brasileira a desenvolver esse tipo de tecnologia


A startup nacional Altave desenvolveu um novo projeto com objetivo de utilizar uma rede de balões para levar a conectividade para áreas rurais de difícil acesso. O projeto foi desenvolvido por dois ex-alunos de engenharia do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e é inspirado em um programa da Nasa que também aposta em balões para estudar a lua de Saturno. A diferença, porém, é que a iniciativa brasileira utiliza os chamados "balões cativos".

A Altave é a primeira startup brasileira a desenvolver esse tipo de tecnologia, que foi reconhecida internacionalmente como uma das melhores tecnologias de impacto em soluções sem fio e de Internet das Coisas (IoT). Bruno Avena, um dos fundadores da Altave e responsável pela execução estratégica da empresa, afirma que o projeto será utilizado como solução para diversas aplicações no meio rural, com objetivo de facilitar a produtividade através de conexões Wi-Fi para maquinários ou até mesmo para o monitoramento de incêndios. 

A solução é baseada em balões cativos que são presos ao solo através cabos ligados a um dispositivo de ancoragem. Avena explica que o balão tem capacidade para carregar até 35 quilos e pode ficar a uma altura de 200 metros, além de ter a vantagem de poder mudar de local quando for necessário.  "A gente consegue fazer implementações mais rápidas sem o investimento de uma torre, que requer licenciamento, autorização etc. Se for para algo sazonal, para quê fazer um investimento permanente em uma torre?", argumenta. 

Testes demonstraram que o balão é capaz de oferecer conectividade de qualidade em um raio de até 40 quilômetros. Segundo Avena, que isso é possível porque o dispositivo pode assumir a função de uma torre de telecomunicação, levando sinal de LTE, Wi-Fi ou até promovendo uma conexão via rádio. "Conseguimos estar mais alto que uma torre sem pagar caro por isso. Em uma área de baixa densidade isso é uma vantagem", conclui. 

 

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