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Surgem interessados em arrendar a Chapecó


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou ontem ao prefeito de Chapecó, Pedro Uczai (PT) e ao deputado federal Cláudio Vignatti (PT), que recebeu uma proposta de arrendamento com possibilidade de compra das unidades da Chapecó. Tanto o prefeito quanto o parlamentar preferiram não revelar o nome da empresa, mas garantiram que se trata de uma companhia estrangeira com capacidade para reverter a crise no frigorífico.

Um dos nomes mais cotados é o do grupo francês Dreyfus. Outro nome especulado no final da semana passada foi o do gaúcho Avipal. A Chapecó atravessa crise financeira, vem atrasando os pagamentos dos agricultores e não tem recursos em caixa para a produção de rações.

Ontem à tarde Uczai e Vignatti se reuniram com prefeitos da região, para repassar as informações vindas do BNDES e combinar a continuidade do esforço político de salvamento da Chapecó. Conscientes de que a negociação de arrendamento ainda pode demorar mais alguns dias, os participantes decidiram articular encontros com as presidências do Banco do Brasil e do Bradesco e com o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.

Uczai informou ter mantido contato com a Casa Civil da Presidência da República e conseguido apoio para marcar as audiências. A expectativa é de que os encontros sejam marcados para amanhã. Caso as audiências não sejam possíveis, uma comissão com prefeitos e integrantes do Sindicato dos Criadores de Aves (Sincravesc) viajará à Brasília da mesma forma e tentará os encontros na base da pressão.

Com as reuniões a intenção dos prefeitos e lideranças sindicais é conseguir reabilitar o crédito da companhia. Os recursos obtidos, conforme Uczai, garantiriam o funcionamento da empresa e o pagamento dos lotes de animais entregues pelos agricultores até a conclusão da negociação de arrendamento ou compra. Segundo o prefeito, a negociação de venda da Chapecó está sendo comandada pelo Banco Fator, que é quem deve fazer o contato com os credores da companhia. As dívidas vencidas ultrapassariam os R$ 134 milhões. A empresa, entretanto, continua operando a plena carga em Chapecó, Xaxim e Santa Rosa.

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