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Sustentabilidade do bioma é um dos desafios da nova gestão da Embrapa Cerrados

A importância da região do Cerrado no desenvolvimento da agropecuária brasileira foi destacada em todos os pronunciamentos


Superar desafios que se apresentam no cenário nacional e internacional, como a conservação da biodiversidade, o combate ao aquecimento global, a dependência de insumos importados e aumento dos custos dos alimentos, é uma das metas da nova Chefia da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), uma das Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A posse do Chefe-Geral da Embrapa Cerrados, José Robson Bezerra Sereno, ocorreu no dia 21, com a presença do diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana; dos diretores José Geraldo Eugênio de França e Tatiana Deane de Abreu Sá; do deputado federal e membro do Conselho Assessor Externo (CAE) Rodrigo Rollemberg; do secretário para inclusão social do Ministério da Ciência e Tecnologia Joe Vale; do presidente da Emater-DF Carlos Magno; e representantes de instituições de ensino e do setor produtivo.

A importância da região do Cerrado no desenvolvimento da agropecuária brasileira foi destacada em todos os pronunciamentos. A conquista do cerrado na década de 70 foi alcançada em parte por mérito da Embrapa Cerrados que gerou tecnologias que permitiram o estabelecimento da agricultura em áreas onde os solos apresentavam baixíssima fertilidade. Passados mais de 30 anos, o centro de pesquisa é desafiado a buscar alternativas que garantem alimentos nas mesas de brasileiros e de toda a população mundial.

"Precisamos dar um salto da competitividade para a sustentabilidade. Mais uma vez a região do Brasil que deverá liderar esta mudança é o Cerrado. É como renascer. No passado não priorizamos a questão ambiental, mas hoje temos esse desafio. Devemos encontrar maneiras de minimizar os efeitos das mudanças climáticas e gerar plantas adaptadas às alterações climáticas", enfatizou o diretor-presidente da Embrapa.

Crestana destacou que a Embrapa Cerrados já mostrou resultados, entre outros, nas culturas de café, trigo e maracujá e em tecnologias como integração lavoura-pecuária, as quais devem ser intensificadas. Contudo é preciso identificar qual é o grande negócio da Unidade. Para a nova gestão, o diretor-presidente alertou sobre a necessidade de renovar o quadro de recursos humanos com escolha de profissionais com perfis apropriados ao atendimento às novas demandas para que se possa no futuro repetir a história de sucesso do passado.

Projetos prioritários

O novo chefe da Embrapa Cerrados considera de fundamental importância uma reflexão estratégica que alinhe a prática institucional da Unidade aos novos desafios colocados. Neste contexto, o seu planejamento estratégico deve contemplar aspectos prioritários como projetos sobre biotecnologia, agroenergia, mudanças climáticas, recursos naturais, dinâmica de uso da terra no Cerrado, e avaliação de impactos socioeconômicos e sociambientais decorrentes das atividades agropecuárias.

A participação da Unidade nos espaços de diretrizes e subsídios para a elaboração de políticas públicas caracteriza-se como outro aspecto fundamental. Fóruns nacionais e internacionais que discutem o Cerrado, a produção e pesquisa sobre transgênicos, a biotecnologia, a conservação de recursos naturais, agricultura familiar, o desenvolvimento sustentável e agroenergia devem ser ocupados por técnicos da Unidade, de forma a propiciar alinhamentos estratégicos e trabalhos conjuntos com outras instituições.

Internamente, a Embrapa Cerrados deve fortalecer seus processos de captação de recursos e planejamento estratégico, bem como suas atividades de prospecção de demandas. As práticas de diagnóstico, planejamento, execução e avaliação devem ser aperfeiçoadas na Unidade, de forma a garantir a constância de propósito, o pensamento e intervenção sistêmica, o aprendizado organizacional, a valorização das pessoas e das competências, o conhecimento sobre o cliente e o mercado, o desenvolvimento de parcerias, a responsabilidade social, a geração de valor e a cultura de inovação.

Uma das características mais marcantes da gestão, de acordo com Sereno, será a de propiciar a participação de todos os colaboradores e assim gerar resultados de forma eficiente em um ambiente propício ao crescimento, inovação e desenvolvimento dos potenciais individuais e coletivos. "Pretendo atuar como líder empreendedor e incentivador de indivíduos e equipes para juntos viabilizarmos a missão da Unidade",enfatizou.

Na solenidade, o pesquisador Roberto Teixeira Alves, que foi Chefe-Geral da Embrapa Cerrados, por quatro anos e meio (2003-2008), recebeu das mãos do diretor da Embrapa, José Geraldo Eugênio de França, uma placa em agradecimentos aos relevantes serviços prestados para o desenvolvimento da agropecuária brasileira.

O novo Chefe-Geral da Embrapa Cerrados é veterinário e há 21 anos é empregado da Embrapa. Começou sua carreira na Embrapa Gado de Corte (Campo Grande- MS) e Embrapa Pantanal (Corumbá- MS), onde ocupou cargo de Chefe de Comunicação e Negócios no período de 2003 a 2005. Está na Embrapa Cerrados desde 2006, foi gestor do Núcleo de Produção Animal por um ano. Também é professor do programa de Pós-Graduação em Veterinária da Universidade Federal de Goiás. É Mestre em Reprodução Animal pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em veterinária pela Universidade de Córdoba, na Espanha.

A Chefia da Embrapa Cerrados é formada, além do Chefe-Geral, do Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Fernando Antônio Macena Silva; da Chefe Adjunto de Comunicação e Negócios, Evie dos Santos de Sousa; e do Chefe Adjunto de Administração, José Barbosa Rodrigues Neto. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Cerrados.

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