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Suzano investirá US$6bi para mais que dobrar capacidade até 2018

A companhia planeja construir três novas fábricas de celulose e expandir a capacidade da unidade instalada na Bahia até 2018


Reuters - A Suzano Papel e Celulose pretende investir 6 bilhões de dólares até 2018 para mais que duplicar sua capacidade de produção, informou nesta terça-feira o presidente da empresa, Antonio Maciel Neto.

Segundo o executivo, a companhia planeja construir três novas fábricas de celulose e expandir a capacidade da unidade instalada na Bahia até 2018.

A Suzano pretende implantar duas unidades com capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas cada nos Estados do Maranhão e do Piauí. Até o final do ano, a empresa vai decidir a localização para uma outra unidade, que também terá capacidade para 1,3 milhão de toneladas de celulose.

"Pode ser no Maranhão ou no Piauí, mas estudamos também um terceiro lugar", disse Maciel a jornalistas, após encontro para anunciar uma parceira com a Vale para a compra de ativos florestais e terras, além da contratação de serviços de logística da mineradora.

O executivo afirmou que a empresa prevê ainda a expansão da unidade de Mucuri, na Bahia, em 400 mil toneladas de celulose.

"Com esses projetos, vamos mais que dobrar a nossa capacidade. Para isso, teremos uma combinação de investimentos próprios, recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de nossos fornecedores", disse Maciel.

A previsão é de que a fábrica do Maranhão, projeto que envolve a parceria com a Vale celebrada nesta terça-feira, entre em operação em 2013. Para a unidade do Piauí, a estimativa é de início de produção em 2014. Para a terceria unidade, a expectativa é 2017.

"Estamos na fase de esforços florestais para viabilizar esses projetos. A madeira leva de seis a sete anos para ficar pronta para corte. A parceria com a Vale no Maranhão vai nos proporcionar um antecipação em dois anos do projeto", destacou Maciel.

Atualmente, a Suzano produz 2,9 milhões de toneladas de papel e celulose.
A produção das novas fábricas, localizadas perto de áreas produtoras de eucaplito e de portos e ferrovias do Nordeste, será voltada sobretudo ao mercado internacional.

CHINA

Desde o agravamento da crise global, a China se tornou o principal destino da celulose exportada pela Suzano e a perspectiva, segundo Maciel, é a de que o país continue sendo um dos principais mercados da empresa nos próximos anos.

Segundo ele, antes da crise, 30 por cento das exportações de celulose iam para a China. Agora, essa fatia subiu a 50 por cento.

"Os estoques da China estão baixos e eles estão buscando uma recomposição", comentou Maciel.

"Eles estão também desestimulando a produção em locais poluentes e a economia interna ainda está bastante demandante", acrescentou o executivo, que passou os últimos 10 dias na China.

Graças à manutenção da demanda chinesa, destacou o presidente da Suzano, as vendas no primeiro semestre deste ano estão crescendo "praticamente no mesmo nível" do mesmo período do ano passado.

Maciel acrescentou que os estoques da Suzano estão baixos e já há um movimento de recuperação de preços da celulose no mercado internacional. A empresa promoveu aumentos nos meses de maio e julho.

"Os estoques dos produtores estão nos níveis pré-crise, com 34 dias. A Suzano está com estoques abaixo dos indicadores históricos", concluiu.

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