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Tabela monitora pragas do milho e café

O sistema consiste numa tabela, confeccionada em EVA, onde o produtor ou técnico faz marcações sobre o nível de infestação da lavoura


Outra tecnologia que permite a racionalização do uso de defensivos é o sistema de monitoramento de pragas nas culturas de milho e café, desenvoldido pelo pesquisador da área de entomologia do Iapar, Rodolfo Bianco. O sistema consiste numa tabela, confeccionada em EVA, onde o produtor ou técnico faz marcações sobre o nível de infestação da lavoura. A partir dos dados coletados, é possível decidir pela aplicação ou não do defensivo.

O sistema foi premiado na Ruraltech justamente pela facilidade de sua utilização. "Tivemos a preocupação de desenvolver uma tecnologia que pudesse ser adotada com facilidade e rapidez. Se não tiver essas características acaba sendo abandonada pelo produtor", afirma Rodolfo Bianco. A teoria foi desenvolvida na tese de doutorado de Bianco e adaptada para as condições de cultivo dos produtores.

O monitoramento é feito para o controle da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) do milho e da broca do café (Hipotenemus hampei). Na lavoura de milho, os procedimentos recomendados garantem a eficácia do sistema. Em primeiro lugar a lavoura deve ser dividida em talhões, seguindo critérios como cultivares, diferença de idade das plantas, a cultura antecessora e a distância dos lotes.

O produtor ou técnico deve percorrer a área em zigue-zague ou diagonalmente, fazendo as marcações na tabela com um rebite de metal. De um lado marca o número das amostras e do outro a plantas atacadas pela praga. Cada amostra é definida a cada cinco plantas em sequência, devendo completar 10 amostras. Com esse critério o marcador alcançará um ponto da tabela, dividida em faixas de três cores.

Se o marcador estiver na faixa verde, significa que a infestação é baixa e não há necessidade de aplicar o veneno. Se estiver na faixa amarela, indica alerta. Porém, a infestação estará na zona de incerteza, o que exigirá a repetição da amostragem para confirmação. A presença do marcador na faixa vermelha significa perigo e a indicação é de aplicação do defensivo.

No caso do café, o procedimento é similar, mas a avaliação é feita por meio dos frutos atacados pela broca e não pelo índice de infestação. "Deve-se considerar como infestada a amostra que tiver pelo menos um fruto brocado", explica Bianco. O produtor deve avaliar cinco amostras por planta e cada amostra deve conter 10 frutos agrupados por ramo. Também neste caso, é necessário levar em conta a idade das plantas e o tipo de cultivo.

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