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Técnicos de quatro continentes aprendem sobre produção de coco

Entre os temas abordados estão produção integrada, variedades e híbridos


Capacitar técnicos da América Latina, África, Ásia e Oceania nos mais variados aspectos dos sistemas de produção de coco. Foi este o objetivo do Curso de Produção Sustentável de Coco e Classificação de Frutas e Hortaliças, realizado de 21 a 25 de novembro, em Aracaju.

O curso foi promovido pela Embrapa Estudos e Capacitação (Brasília, DF) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), juntamente com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.

Resultado dos acordos bilaterais de cooperação entre o Brasil e os países em desenvolvimento com os quais são mantidas relações diplomáticas, a capacitação é uma das ações desenvolvidas pelo governo Brasileiro para consolidar as ações de transferência de tecnologia e cooperação internacional.

Na cerimônia de abertura, o chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Edson Diogo Tavares, ressaltou a participação da Embrapa nas ações de cooperação internacional promovidas pelo governo brasileiro, a destacou a competência dos cientistas que atuam com coco. “Se o Brasil é reconhecido mundialmente por sua extrema habilidade no futebol, também podemos dizer que a Embrapa Tabuleiros Costeiros possui uma verdadeira seleção de pesquisadores da cultura do coco. Temos os melhores do mundo, e para nós é uma honra poder compartilhar o conhecimento”, declarou.

Na primeira parte do curso, os técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos visitantes assistiram a apresentações de pesquisadores da Embrapa e participaram de atividades práticas em campo envolvendo o sistema de produção do coco, além de visitas aos laboratórios da Embrapa Tabuleiros Costeiros que desenvolvem experimentos e análises que dão suporte às pesquisas com coco.

Os especialistas em coco da Embrapa que ministraram o curso foram os pesquisadores Elias Ribeiro, Humberto Rollemberg, Lafayette Sobral, Edson Passos, Joana Ferreira, Dulce Warwick e Maria Urbana Nunes.

Temas

Entre os temas abordados estão produção integrada, variedades e híbridos, preparo de mudas e plantio, manejo e tratos culturais, nutrição e adubação, coleta de solo e folhas, morfologia e ecofisiologia, controle de pragas e doenças e aproveitamento dos co-produtos.

No último dia, pesquisadores da UFS abordaram as normas de classificação de frutas e hortaliças, além de aspectos técnicos da colheita e pós colheita.

Participaram do curso técnicos do Zâmbia, Fiji, Paraguai, Angola, Granada, Saint Kittis, Belize, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Honduras, Timor Leste, Colômbia, Indonésia, Tonga, Cuba, México e Venezuela.

Para a agrônoma Regla Hernandez, do Instituto de Desenvolvimento Agrário de Cabo Verde, na África, o curso foi de extrema importância. “Tínhamos uma grande expectativa de conhecer a experiência brasileira com a cultura do coco, e retornamos com a certeza de que muitos dos temas tratados no curso nos vão servir para direcionar melhor nossas pesquisas e o trabalho com agricultores do nosso país. Os métodos alternativos que podem ser aplicados na produção sustentável, além do consorciamento com outras culturas estão entre os assuntos mais interessantes”, disse.

Ropate Ligairi é agrônomo do Departamento de Agricultura das Ilhas Fiji, na Oceania, e destacou a relevância dos conteúdos apresentados no curso. “Os padrões de classificação adotados internacionalmente que aprendemos aqui serão muito importantes para a aplicação no nosso país, especialmente nas relações de comércio internacional. Com certeza recomendarei o uso à autoridades de Fiji”, destacou.

A hondurenha Elizabeth Santa Creo, agrônoma do Ministério da Agricultura e Pecuária, a atua no Projeto Nacional do Coqueiro em seu país. Para ela, a capacitação feita no Brasil poderá ajudar a melhorar alguns problemas atuais de Honduras, especialmente no que diz respeito a pragas e doenças a técnicas de manejo da cultura. “No nosso país os técnicos ainda não internalizaram o coqueiro como uma cultura, atendo-se tradicionalmente ao extrativismo silvestre, sem conhecimento de boas práticas para o plantio sistematizado e manejo da planta”, relatou.

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