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Tecnologia faz análise biológica do solo

Entre as vantagens está uma avaliação minuciosa e capaz de antecipar cenários


Foto: Eliza Maliszewski

O Portal Agrolink já mostrou em reportagens a importância do solo para a agricultura. Sendo a base da produção requer cuidados e avaliações que são feitas por análises químicas e físicas, que determinam as características e necessidades de reposição de nutrientes.

VEJA: A importância do solo na agricultura

Uma nova tecnologia lançada pela Embrapa Cerrados possibilita a análise biológica do solo. Chamada de BioAS ela permite um diagnóstico mais completo e consegue detectar diferenças entre solos não percebidas nas análises convencionais. De forma prática permite compreender o que está acontecendo no solo e antecipar mudanças, positivas ou negativas, que estejam ocorrendo na matéria orgânica do solo em função do manejo adotado na propriedade.

São duas enzimas (beta-glicosidase e arilsulfatase) que estão relacionadas ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo. Elas se relacionam com aos ciclos do carbono e do enxofre e funcionam como bioindicadores da saúde do solo e, conforme o resultado, podem orientar o produtor com foco no melhor desempenho.  “A tecnologia BioAS é como se fosse um exame de sangue do solo que nos permite antecipar problemas de saúde que até então eram assintomáticos”, explica a pesquisadora Ieda Mendes.

As enzimas detectam as mudanças no solo com custo baixo. Os testes biológicos não geram resíduos.A tecnologia BioAS está disponível para o agricultor brasileiro por meio de uma rede de laboratórios habilitados pela Embrapa. Até o momento, nove laboratórios comerciais de cinco estados do Brasil (Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Paraná) foram capacitados.

"Solos saudáveis são solos biologicamente ativos, produtivos e resilientes, que promovem a saúde das plantas, pessoas e animais e que preservam a qualidade ambiental, proporcionando, entre outros benefícios, o sequestro de carbono, o armazenamento e infiltração de água, a biorremediação de pesticidas e a mitigação da emissão de gases de efeito estufa", diz o chefe geral da Embrapa Cerrados, Claudio Karia.

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