Tempestade de granizo causa prejuízos a agricultores de Campos Novos
A área de feijão atingida foi de 500 hectares
De acordo com o Engenheiro Agrônomo da Copercampos Marcelo Luiz Capelari, a área atingida somando as três culturas foi de mais de 5,5 mil hectares no município. A área de feijão atingida foi de 500 hectares. “Tivemos mais um temporal prejudicando a agricultura e muitos agricultores terão que replantar áreas de soja e principalmente o feijão. Os prejuízos podem chegar a R$ 10 milhões, somando as três culturas de verão. Algumas áreas terão perdas de 30%, mas algumas têm registro de perda de 100%”, comenta.
Na cultura do milho, os prejuízos serão significados quanto à produtividade das lavouras. Segundo Capelari, lavouras em período de floração e produção de grãos foram atingidas e com isso as perdas são visíveis. A área total de milho atingida deve chegar a 2,5 mil hectares. Já na cultura da soja, os estragos são significados na produtividade final. “A soja é a cultura que rebrota com boa área foliar, mas a produtividade final será menor do que a projetada inicialmente. A área total atingida em Campos Novos deve chegar a 3,5 mil hectares”, ressalta.
Os produtores associados da Copercampos Jair e Vilson Canuto tiveram uma área de soja atingida pelo granizo. Jair comenta que a produtividade deverá diminuir em até 50% na área, pois a cultura já estava em fase de floração. “A lavoura estava com mais de 60 dias de plantio e o granizo prejudicará em produtividade da soja. Mas agora buscaremos realizar um manejo diferenciado para não ter prejuízos ainda maiores devido a estes efeitos que este fenômeno climático causou”, explica Canuto.
O seguro agrícola auxilia o produtor
O seguro agrícola é a garantia de minimização dos prejuízos. Associados da Copercampos estão procurando este serviço privado para evitar grandes perdas. O Engenheiro Agrônomo Marcelo Capelari, acredita que esta ferramenta tem seus benefícios.
“Nós estamos destacando durante todo o ano que o seguro agrícola tem seus diferenciais e muitos produtores estão utilizando este serviço. Na região atingida, agricultores fizeram contratos com seguradoras para minimizar os prejuízos. É claro que ainda faltam subsídios do governo para esta prática, mas para se manter na agricultura, principalmente protegendo as lavouras quanto as intempéries climáticas, o seguro é necessário”, finaliza.