Tendência da soja é de baixa: devo vender?
"Nossa recomendação é a de vender todo o restante ainda não vendido"
De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a tendência é de que a soja siga em baixa no futuro próximo devido a dois fatores principais. O primeiro deles é o excesso de oferta no mundo e o segundo é uma certa retração nas importações chinesas da oleaginosa.
“A tendência geral da soja continua de baixa, porque: a) há soja sobrando no mundo, com oferta maior que a demanda; b) as importações da China estão retraídas. Nossa recomendação é a de vender todo o restante ainda não vendido, antes que caia mais”, comenta.
Dentre os fatores de alta estão os atrasos no plantio do Meio-Oeste dos Estados Unidos e a crise climática no Sul do Brasil, além da demanda por farelo. “Muito além das perdas nos campos, a crise do segundo maior produtor de soja do Brasil, também deu suporte aos preços, principalmente internos. As chuvas afetaram grãos estocados em armazéns e silos, e a infraestrutura necessária para retirar a produção dos campos, transportá-la, processá-la e exportá-la”, completa.
Para a baixa, destacam-se as vendas fracas dos EUA e “ as perspectivas da soja no mercado internacional, que afetam as exportações brasileiras, são de baixa a médio e longo prazo, impulsionadas pelo aumento dos estoques finais, que passaram de 100,53 MT na safra 22/23, para 111,78 MT na safra 23/24 e estão previstos para serem 128,50 MT na safra 24/25”.
“Os dados da CFTC mostraram que Fundos de Investimento cortaram outros 12.208 contratos de suas vendas líquidas em futuros e opções de soja na semana encerrada em 28/05. Isso os levou a uma venda líquida de 14.218 contratos na terça-feira, o menor volume desde a primeira semana do ano. Os comerciais tiveram um aumento de 13.708 contratos em suas vendas líquidas, para -79.414 contratos”, conclui.