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Terceirização eleva custos na produção de acácia-negra

Demanda por eucalipto segue estável no Rio Grande do Sul


Foto: Canva

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (18), produtores da região administrativa de Caxias do Sul têm adotado a acácia-negra como alternativa para manter a terra em uso, especialmente em propriedades conduzidas por agricultores com maior idade ou limitações físicas. Nessas áreas, a implantação e a colheita contam com mão de obra terceirizada. Segundo o informativo, “o corte e o empilhamento representam cerca de 60% do custo operacional”, o que reduz a rentabilidade em função da pequena escala produtiva.

Ainda conforme a Emater/RS-Ascar, o mercado da acácia-negra está concentrado na geração de energia. Aproximadamente 90% da madeira é destinada ao consumo doméstico, aquecimento de caldeiras, lareiras, olarias e fornos de estabelecimentos comerciais, além da produção de carvão. O restante da produção atende ao segmento de escoras para a construção civil. O informativo registra que “as condições fitossanitárias estão adequadas”, com realização de tratos silviculturais, controle de formigas, adubação de cobertura e operações de corte e colheita.

No caso do eucalipto, a Emater/RS-Ascar informa que, na região de Caxias do Sul, a demanda por matéria-prima permanece estável, com destaque para o segmento de desdobro e para os múltiplos usos da madeira. O boletim aponta que “a ampliação de novas áreas e o manejo da brotação seguem abaixo do esperado”, o que pode indicar uma demanda futura superior à oferta. As lavouras apresentam boas condições fitossanitárias, com práticas regulares de manejo, corte, empilhamento, colheita e comercialização de toras e subprodutos.

Na região de Frederico Westphalen, o informativo registra a realização de controle de formigas, adubação e manejo de inços. Em áreas com eucalipto entre dois e três anos, o manejo predominante é a poda, enquanto nos plantios de seis a sete anos ocorre o raleio. Segundo a Emater/RS-Ascar, “há demanda por varas de construção na região”.

Em relação ao pinus, a Emater/RS-Ascar aponta que, na região administrativa de Caxias do Sul, os preços permanecem estáveis em função da procura por parte de empresas locais e de estados vizinhos, como Santa Catarina e Paraná. O boletim destaca que oportunidades para a venda de toras de menor diâmetro têm estimulado a retomada de práticas como desrama e desbaste, embora a comercialização por corte raso ainda seja predominante. O informativo observa que “há muitas áreas sem manejo adequado, especialmente com o desbaste em atraso”, apesar das boas condições fitossanitárias da cultura.

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