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Tomate rasteiro é preterido por sua aparência e preço

Produzida sem agrotóxico, variedade é mais resistente a pragas e doenças, mas custo é alto


“Feinho” e mais caro, o tomate italiano, ou rasteiro, como é conhecido, é desprezado por consumidores que preferem pagar menos por um fruto mais vistoso para usar em saladas. Contudo, o que muitos não sabem é que essa variedade é menos suscetível a doenças e mais tolerante a pragas. Com isso, seu cultivo exige menor emprego de agrotóxicos e fungicidas.

“Essa variedade não se encaixa no grupo saladas devido à sua apresentação”, diz o agrônomo da Casa da Agricultura de Nova Granada, Osterno Franco. Na quinta-feira, em um supermercado de Rio Preto (SP), o tomate comum era vendido a R$ 1,69 o quilo enquanto o rasteiro custava R$ 3,59 o quilo, diferença de 112%.

A empresária Romilda Mariotto, 55, viu os dois, mas preferiu levar o tomate comum para casa. “É muito caro. Lavo o tomate comum com sabão e depois deixo em água com vinagre para tirar o agrotóxico.” Essa é a técnica que o consumidor deve adotar para degradar os agrotóxicos, indica o agrônomo.

Segundo Franco, o rasteiro é mais caro devido à procedência. “O consumidor sabe quem o produziu, onde fica a propriedade e confia na qualidade do fruto.” Enquanto no cultivo do tomate comum são feitas de dez a 20 aplicações entre agrotóxicos e fungicidas, o rasteiro pode ser tirado isento de venenos químicos.

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