Trigo: Preços da nova safra estão se definindo
Mercado internacional tem influência
Os preços de safra nova estão se definindo nos primeiros negócios, de acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica. Dentre os fatores de alta, se destacam o mercado internacional com a redução de área em vários países produtores e as condições das culturas de primavera e o Brasil com a falta de matéria prima da safra velha e a manutenção da demanda por farinhas.
Entre os fatores de baixa, a consultoria destaca as ações acima do esperado no mercado internacional, que tem estoques abundantes previstos para 2020/2021 e a entrada da safra nova do Brasil, com a queda no preço das farinhas. “Os preços do trigo no mercado internacional são sustentados pela redução do potencial produtivo dos principais países produtores e exportadores”, comenta a consultoria.
“Na França, sua produção deve cair 21% e 43% em suas exportações devido à produção da Austrália. Trigo de inverno nos EUA está cada vez mais escassos e o USDA reduzir a condição de culturas de primavera abaixo esperado pelo mercado. Na Rússia, as principais consultorias continuam a cortar seus previsões de produção. Argentina e Mar Negro também apresentam problemas. De qualquer forma, tudo a favor das cotações”, completa.
Além disso, o dólar deprimido e o aumento de US$ 6/t na licitação do Egito em meio à colheita do hemisfério norte vieram fechar este contexto favorável. “No Brasil, no que resta da safra velha, temos a falta de estoques disponíveis, devido à antecipação do uso, provocada pelo excesso de demanda nos meses de março a julho. Muitos moinhos já estão praticamente sem matéria prima, recorrendo à compra de farinhas de outros moinhos para atenderem aos seus clientes”, indica.