Trigo, soja e milho iniciam semana com leve volatilidade

Os principais grãos negociados nos mercados internacionais e domésticos iniciaram a semana com movimentações discretas, refletindo a combinação de fatores climáticos, ritmo de colheita e demanda externa. Segundo a TF Agroeconômica, o trigo registrou leve alta em Chicago, com o contrato dezembro/25 cotado a US$ 521,00, acompanhando a recuperação técnica após pequenas quedas na semana anterior e o forte ritmo das exportações dos EUA. No mercado brasileiro, o CEPEA Paraná fechou a segunda-feira a R$ 1.283,03 (+0,39% no dia, -8,90% no mês), enquanto o CEPEA Rio Grande do Sul se manteve estável a R$ 1.229,21 (-4,26% no mês). A pressão sobre o trigo global ainda será reforçada pelo início da colheita no Hemisfério Sul nas próximas semanas.

A soja começou a semana em leve baixa em Chicago, com o contrato novembro/25 a US$ 1.009,75, e permaneceu estável posteriormente. A TF Agroeconômica destaca que a combinação de clima favorável no Brasil, o avanço da colheita americana e a demanda da China, concentrada em grãos da América do Sul, pesaram sobre os preços. Além disso, as compras expressivas da Argentina para entregas de novembro a dezembro aumentam a atenção dos traders. A alta sustentada do petróleo também atua como fator altista, estimulando a demanda por biocombustíveis e óleos vegetais, incluindo óleo de soja.

O milho, por sua vez, abriu a semana em leve baixa em Chicago, com o contrato dezembro/25 a US$ 419,50. A rápida colheita americana e o tempo seco previsto para o cinturão soja/milho nos Estados Unidos favorecem os trabalhos de campo, limitando maiores quedas no mercado. Segundo a TF Agroeconômica, o bom ritmo de novas exportações de grãos ainda atua como suporte, mitigando o impacto de uma safra recorde prestes a entrar no mercado. No Brasil, o milho B3 para novembro/25 fechou a R$ 66,22 (-0,30%), enquanto o CEPEA registrou R$ 64,34 (-0,03% no dia, +0,08% no mês).