Trigo enfrenta pressão de estoques globais elevados
A perspectiva para os próximos meses é de pouca margem para recuperação
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O mercado internacional de trigo segue pressionado pelos altos estoques globais, o que tem limitado a valorização do grão. Segundo o Itaú BBA, o USDA revisou para cima os estoques finais para 2025/26, principalmente nos EUA e na Rússia, o que contribui para o recuo dos preços internacionais.
No Brasil, o cenário também é desafiador. A colheita da safra nacional está praticamente encerrada, com qualidade abaixo do esperado em diversas regiões. A entrada do produto no mercado, somada às importações, ampliou a oferta e intensificou a pressão sobre os preços internos.
Com o dólar valorizado, a paridade de importação segue como referência importante na formação de preços no mercado doméstico. O Itaú BBA alerta que as negociações devem seguir lentas, com compradores mais seletivos.
O Brasil ainda depende de importações para atender a demanda interna, o que torna o mercado sensível a variações cambiais e à logística portuária. A Argentina e o Paraguai seguem como principais fornecedores. A perspectiva para os próximos meses é de mercado lateralizado, com pouca margem para recuperação dos preços, a menos que haja algum choque de oferta.