USDA aponta maior oferta global de soja
No mercado global, a produção total foi revisada para cima
No mercado global, a produção total foi revisada para cima - Foto: Canva
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o relatório mensal referente ao mês de dezembro com projeções atualizadas para o mercado de oleaginosas na safra 2025/26. Segundo dados compilados pela TF Agroeconômica, o documento traz um cenário de produção ligeiramente maior nos Estados Unidos e revisões relevantes no panorama global, especialmente para colza, amendoim e soja.
Nos EUA, a produção total de oleaginosas está estimada em 125,8 milhões de toneladas, com leve aumento atribuído ao crescimento da produção de algodão. Apesar disso, as projeções de oferta, consumo e preços da soja norte-americana permanecem inalteradas em relação ao boletim anterior, mesmo com os estoques finais projetados em 7,89 milhões de toneladas, dentro da faixa esperada.
No mercado global, a produção total foi revisada para cima impulsionada principalmente pela colza, cuja estimativa aumentou 3 milhões de toneladas, refletindo melhores expectativas no Canadá, Austrália e Rússia. Só o Canadá adicionou 2 milhões de toneladas, alcançando recorde de 22 milhões conforme os dados mais recentes do Statistics Canada. Esse avanço foi parcialmente compensado pela queda de 2,5 milhões de toneladas na produção de girassol, após resultados de colheita inferiores na Rússia e, sobretudo, na Ucrânia.
Para a soja, a perspectiva mundial indica aumento de 0,8 milhão de toneladas, chegando a 422,5 milhões, puxada por maiores safras na Rússia e Índia. O esmagamento também cresce, alcançando 365,2 milhões de toneladas com demanda adicional nesses países. Exportações globais, porém, foram reduzidas, com menores embarques para Ucrânia e Benin. O Brasil aparece no relatório com elevação das importações e dos estoques finais, contribuindo para o aumento de 0,4 milhão de toneladas nos estoques mundiais, agora estimados em 122,4 milhões, reforçando sinal de maior oferta ao mercado ao longo de 2026.