VBP mineiro deve alcançar R$ 168,1 bilhões em 2025
Lavouras impulsionam recorde do VBP em Minas Gerais
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De acordo com dadso divulgados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), o estado deve encerrar 2025 com Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária de R$ 168,1 bilhões, segundo projeção atualizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. O montante representa alta de 13,8% frente ao ano anterior e reflete a renda gerada pelos estabelecimentos rurais a partir da venda de produtos agrícolas e pecuários. O cálculo utiliza dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).
O desempenho segue impulsionado pelo segmento das lavouras, que deve somar R$ 113,4 bilhões em 2025, com avanço de 17,3% no período e participação de 67% no total estimado. A assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Amanda Bianchi, afirma que “como tem sido observado nos últimos levantamentos, o café se mantém como o destaque entre as culturas que contribuem para essa alta no rendimento, com alta de 48% e o VBP estimado em R$ 59 bilhões”.
A soja, segunda principal cultura agrícola do estado, tem previsão de R$ 18,6 bilhões, crescimento de 11% sobre o ano anterior. O milho também registra aumento, chegando a R$ 7,8 bilhões, resultado 19% superior ao de 2024. Já culturas como cana-de-açúcar, banana, batata-inglesa, feijão, laranja, mandioca e arroz devem encerrar o ano com retração no indicador.
O segmento pecuário deve atingir R$ 54,7 bilhões, expansão de 7,3%. Todos os produtos avaliados apresentam crescimento na projeção oficial. O leite mantém a liderança, com R$ 18,3 bilhões e alta de 2%. Em seguida está a carne bovina, com previsão de R$ 18 bilhões, aumento de 13%. O frango deve alcançar R$ 8,2 bilhões, avanço de 3%. Bianchi destaca que a tendência é de estabilidade nos preços até o fim de 2025, sustentada pela retomada das exportações e pela demanda interna, influenciada pelas vendas de aves natalinas. A carne suína tem estimativa de R$ 7,4 bilhões, com elevação de 7%.