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Veja o que pode estar por trás das sementes não solicitadas

Até o momento, a orientação é que as pessoas entreguem as sementes para as autoridades agropecuárias


Foto: Divulgação

Com origem na China, sementes vêm em pacotes lacrados, às vezes acompanhando uma compra feita num site local, ou mesmo sem qualquer solicitação do consumidor. O mistério tem sido investigado no Brasil e em outras nações. Por enquanto, a orientação é de que as pessoas entreguem as sementes para as autoridades agropecuárias, uma vez que esses itens podem trazer riscos, como microorganismos e pragas. Uma hipótese é de que esse seja parte de um golpe chamado de "brushing scam".

De acordo com informações divulgadas pela assessoria, nesse golpe, são feitas compras não solicitadas para um cliente qualquer, com o objetivo de postar uma avaliação falsa do comprador sobre essa venda. Assim, os sites têm melhores notas, buscando aumentar a comercialização de seus produtos. Uma situação que traz alerta para o cuidado que se deve ter com os dados pessoais.

"Há relatos de pessoas que nunca fizeram compras em sites chineses e, mesmo assim, estão recebendo essas sementes", ressalta o advogado Luiz Paulo Germano, sócio do escritório Medeiros, Santos & Caprara na Área Digital. "Essas informações foram obtidos de alguma forma, podendo ser vazado de algum banco de dados, ou fornecida conscientemente a um site que o cidadão julgou como legítimo", acrescenta.

Germano enfatiza que os consumidores devem ter cuidado ao fazer cadastros em sites, especialmente de compras online. "É preciso observar criteriosamente o site, verificando se possui credibilidade, comprometimento com as normas de segurança de dados e histórico de problemas nesse sentido. Informações como endereço, contatos e documentos pessoais são valiosos — e podem representar riscos nas mãos de pessoas mal intencionadas", alerta.

O advogado e professor universitário reforça que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que já está em vigor no país, traz mais direitos e deveres no cuidado com as informações pessoais. "O consumidor tem mais formas de assegurar seus direitos e buscar reparações em caso de vazamentos, por exemplo. Já as empresas devem redobrar a atenção no tratamento desses dados, para evitar qualquer tipo de prejuízo", explica Luiz Paulo.  

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