Venda logo o milho, recomenda consultoria
O quadro internacional apresenta fatores de alta que tentam sustentar Chicago
O quadro internacional apresenta fatores de alta que tentam sustentar Chicago - Foto: Divulgação
O mercado de milho segue preso a um equilíbrio entre oferta e demanda que se estende há três meses. Segundo a TF Agroeconômica, esse comportamento mantém as cotações dentro de um canal lateral, refletindo um cenário no qual a exportação brasileira continua em ritmo aceitável, apenas 3 por cento abaixo do registrado no ano passado, mesmo diante da safra recorde dos Estados Unidos e da forte agressividade americana nas vendas externas. Em um ambiente assim, no qual o mercado anda de lado, a orientação é clara. A recomendação é colher, vender logo e aplicar o dinheiro, porque o rendimento financeiro tende a gerar o lucro que o mercado físico dificilmente entregará nos próximos meses.
O quadro internacional apresenta fatores de alta que tentam sustentar Chicago. As exportações americanas seguem fortes, com novos embarques confirmados pelo USDA para a safra 2025 e 2026, além de vendas semanais acima das expectativas. A produção de etanol nos Estados Unidos também surpreendeu positivamente, com aumento na moagem de milho e recuo dos estoques. A União Europeia, por sua vez, redireciona suas compras e amplia a participação de Brasil e Estados Unidos, reduzindo de forma expressiva a dependência da Ucrânia.
Ao mesmo tempo, fatores de baixa limitam qualquer avanço mais consistente nas cotações. A Argentina mantém sua safra em ótimas condições, com 82 por cento das lavouras avaliadas como boas ou excelentes, e a Europa revisou para cima sua estimativa de produção, o que reduz a necessidade de importações no próximo ciclo. O conjunto dessas forças reforça o diagnóstico de estabilidade predominante e sustenta a recomendação de venda antecipada.